Entre as signatárias do documento estão a Aos Fatos e Lupa
Cristyan Costa
A presidente executiva do YouTube, Susan Wojcicki, recebeu uma carta nesta quarta-feira, 12, com remetente de mais de 80 agências de checagem de 46 países. O documento solicita que a big tech “combata a desinformação”.
Uma das medidas sugeridas
é que o YouTube estabeleça “parcerias estruturadas” com checadores e
assuma a responsabilidade de investir sistematicamente em iniciativas
independentes de verificação de informações.
Além disso, o grupo quer que a
plataforma dê mais transparência de como a “desinformação” se propaga na
plataforma, além de pôr em prática medidas contra “violadores reiterados” e
ampliação de idiomas que não o inglês.
Na papelada, os signatários
pedem uma reunião com Susan para discutir as sugestões e uma colaboração com a
plataforma. Entre as signatárias da peça estão as agências brasileiras Aos
Fatos e Lupa. Eis um trecho do texto:
“Esperamos que considere a implementação dessas ideias para o bem público e para fazer do YouTube uma plataforma que realmente dê seu melhor para evitar que a desinformação e os boatos sejam usados como arma.”
Também subscrevem o documento
organizações dos EUA, incluindo a unidade de checagem do jornal The
Washington Post, e de nações como Alemanha, Espanha, Itália, Reino Unido,
Nigéria, Etiópia, África do Sul e Índia.
“Todas essas agências chegaram
à mesma conclusão: o YouTube é um dos principais canais de desinformação no
mundo e as políticas atuais que a plataforma diz aplicar não estão
funcionando”, ressalta outro excerto.
Agências de checagem
censuram a Revista Oeste
Em 2020, a Revista Oeste foi
alvo de censura de duas agências de checagem: a Aos Fatos e a Verifica. A
publicação chegou a ser punida pelo Facebook. Depois de acionar a
Justiça, Oeste obteve vitórias. Relembre o caso neste link.
Título e Texto: Cristyan
Costa, revista Oeste, 12-1-2022, 21h46
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