Todos os dias, torcedores são inferiorizados por 'especialistas' ao cobrarem um Vasco da Gama minimamente decente para 2023
Torcida do Vasco no jogo contra o Criciúma. Foto: Matheus Lima/Vasco |
Willams Meneses
Desde o término da temporada,
a torcida do Vasco da Gama tem se dividido entre os pacientes e os impacientes
com a SAF. De um lado, estão aqueles que confiam que a chegada da 777 Partners,
com seus executivos de futebol, trará ao Gigante dinheiro e profissionalismo.
Enquanto isso, de outro, estão
os vascaínos que podem até acreditar numa melhoria com a SAF, mas querem o
resultado de imediato ou pelo menos a indicação de que o futuro do Gigante será
melhor. Quem está certo? Errado? Seria muita presunção e até arrogância chegar
aqui e cravar isso.
O ponto é que os torcedores
podem escolher o lado que quiserem, mas uma coisa é certeza: os ditos ‘chatos’
estão no direto. Principalmente nas redes sociais, esse tipo de torcedor é
taxado de ser do contra, que torce para dar errado, impaciente e até de que não
entende nada de como funcionam os bastidores do futebol. Será que os ditos
‘pacientes’ são especialistas? Cabe a reflexão.
É importante considerar o contexto em que o Cruzmaltino vive. Como se não bastassem os anos longe de brigar por títulos, recentemente o Vasco foi rebaixado à Série B, e não conseguiu o retorno no ano seguinte, ficando no meio de tabela da segunda divisão. No outro ano até subiu, mas precisou da última vaga e esteve com o acesso em risco até o último instante.
Se um viajante no tempo
voltasse para 2000 e contasse a situação do Vasco hoje em dia, será que alguém
acreditaria? Dificilmente. Péssimas gestões, times horrorosos e resultados
piores ainda, com direito a vexames, passaram a fazer parte do dia a dia do
vascaíno. Dá até saudade dos tempos em que a brincadeira dos rivais era sobre o
Vasco ser vice. Inclusive, hoje em dia muitos nem brincam mais. Já perdeu a
graça.
O Gigante precisa ser sério
para ser levado a sério. Então, sim, o vascaíno tem motivos de sobra para ser
chato, exigente e ranzinza. É muita falta de respeito, principalmente dos
tuiteiros de plantão, supostos especialistas em scout, administração
futebolística e afins, quando ironizam e diminuem as críticas alheias. Todos
estão no mesmo barco, uns se preocupam mais e outros menos.
Dói tanto ver seu dirigente de
estimação ser criticado? Será que o próprio se importa tanto ou chega a ficar
sabendo? A crítica de fulano impacta no planejamento da SAF para a próxima
temporada? Se a resposta for sim, mora aí um grande problema nesse ponto. A
hora de cobrar e ser exigente é agora, no começo da jornada.
Não adianta nada gravar vídeo
com raivinha depois para ganhar likes. Competição, não importa qual seja, não é
laboratório. Envolve história, rivalidade e conta para a sequência da
temporada. Quantos técnicos são demitidos ainda no Estadual? Se for esperar o
Campeonato Brasileiro para fechar o time vai dar tempo de entrosar? Fica o
questionamento. No mais, é esperar e torcer para que não se repitam os velhos
erros.
Título e Texto: Willams
Meneses, Vasco Notícias, 14-12-2022, 14h57
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