domingo, 25 de dezembro de 2022

[As danações de Carina] Certas coisas são inexplicáveis

Carina Bratt

A MÃE DE JOÃO GABRIEL CARNEIRO, a atriz e cantora  BETH GOULART, de 61 anos, contou que o ‘espírito de sua mãe, a atriz Nicette Xavier Miessa, a nossa querida Nicette Bruno (nascida em 7 de janeiro de 1933, na vizinha Niterói), teria visitado o ator Marco Ricca, atualmente com 60 anos, quando internado (intubado por duas vezes) na mesma unidade hospitalar, ou seja, na Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro, hospital em que ela, Nicette, veio a óbito em 20 de dezembro de 2020, aos 87 anos.

Segundo palavras da Beth, foi o próprio ator que revelou que a sua saudosa colega de profissão se prestou às gentilezas de visitá-lo várias vezes durante seu período de internação. Nessa época, é bom lembrar, ainda viva, Nicette tratava de complicações com a covid-19, enfermidade que, infelizmente, lhe tirou a vida. Marco ficou internado no mesmo hospital, porém, em UTI diferente de onde a esposa de Paulo Goulart se recuperava. Depois que teve alta, Marco procurou a Beth e observou, muito sério e comovido:

‘Sua mãe foi todos os dias me visitar. Ela estava ótima e dizia: ‘Meu querido, você vai melhorar, vai sair daqui, fique tranquilo’. Beth, não acreditando, teria argumentado, em rebatida: ‘Marco, ela não podia ter feito isso, ela estava internada’. E ele, mantendo a mesma postura firme e irredutível: ‘Não sei explicar para você, mas todos os dias sua mãe ia me visitar no meu leito’. Possivelmente, observou Beth em entrevista recente: ‘Acredito que minha mãe deveria fazer essas visitas ao amigo, espiritualmente’’.

A escritora NELIDA CUINÃS PINÕN, ou simplesmente Nélida Pinõn, que veio a óbito em Lisboa, Portugal, no dia 17 de dezembro deste ano, aos 85 anos, fez redigir um testamento interessante, ou melhor, inusitado. Nele constou como ‘uma de suas últimas vontades’, deixar para as suas duas cachorrinhas, uma Pinscher, de nome Suzy, de treze anos e a Chihuahua, batizada Pilara, de três, nada mais, nada menos, que 4 (quatro) apartamentos que ela adquiriu no mesmo prédio, um edifício de alto luxo na Borges de Medeiros.

Imóveis de cara para à Lagoa Rodrigo de Freitas, de frente para o Cristo Redentor. Praticamente a autora renomada de ‘Vozes do Deserto’, ‘Um Dia Chegarei a Sagres’, se fizera nossas vizinhas. E atentem, amigas, para uma observação importantíssima: Comum vê-la com as duas ‘meninas’ passeando tranquilamente e a vontade, pelo calçadão. O ‘extraordinário, o bacana, e, de certa forma, o fenomenal, ou o original, de toda a história. Os apartamentos não poderão ser vendidos enquanto elas (as cachorrinhas) estiverem vivas).

Um exemplo de vida, ou de solidariedade a ser seguido e imitado por todas nós. Notadamente (e aqui abro um parêntese para me dirigir as ‘inimitáveis’ e intocáveis, as dondocas, as intangíveis e sacrossantas bonecas de porcelana, as que se acham as tais. Me refiro às impuras de espírito, as falsas ‘patricinhas’ que se agarram, que se apegam ao dinheiro, ao poder, a ganância, escravizadas por cargos e funções que um dia se tornarão obsoletos. Quando a gente morre, amigas, nada se leva). Parênteses fechado.  

Termino as minhas ‘Danações’ de hoje, desejando, em nome do Pai Maior, um FELIZ NATAL REPLETO DE BENÇÃOS   SEGUIDO DE UM PRÓSPERO ANO NOVO A TODAS AS MINHAS AMIGAS E LEITORAS.

CARINHO ESPECIAL AO AMIGO ‘JIM PEREIRA’, QUE ME DEU A OPORTUNIDADE DE MOSTRAR AO MUNDO MEUS HUMILDES TRABALHOS, ATRAVÉS DA ‘ENORME FAMÍLIA’ DA REVISTA ‘CÃO QUE FUMA’.

QUE 2023 VENHA E CHEGUE RADIOSO E NOS TRAGA A PAZ E A TRANQUILIDADE QUE ESPERAMOS.

Título e Texto: Carina Bratt. De Vila Velha no Espírito Santo. 25-12-2022

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Lembranças das minhas babuchas de camurça 
Tudo por analogia 
Irmanados e a semelhança de um pequeno grande cachorro, venceremos toda a matilha que nos rodeia 
Eu só queria saber... 
Essa tal ‘magia do amor’ às vezes aflora de onde menos se espera 
Como se me alforriasse 
Pequenas e profundas reflexões sobre o belo 
Como se comesse pêssegos ásperos 

2 comentários:

  1. Certamente socialistas sem filhos nada doam para a caridade. Quatro apartamentos que poderiam ser doados aos sem teto. Quem não gostaria de cuidar destes PETS da escritora? Todo o socialita é um merda. RIP

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  2. FRASES DOS PENSAMENTOS DA DITA CUJA:
    Eu não confio no Estado.
    Eu confio na vigilância da sociedade.
    Não tenho filhos, mas leitores, capazes por si sós de defenderem a civilização contra os avanços da barbárie. A eles nomeio sucessores de uma linguagem irrenunciável. E, embora duvide às vezes se vale defender alguns princípios hoje contestados, persisto em inscrever certas normas no código dos direitos humanos.

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