sábado, 20 de julho de 2013

Pescoço não faz acordo com Forca

José Carlos Bolognese

Não é de hoje que, quando se dão ao trabalho de reconhecer que existimos, pelo menos, esses caras do “governo” e do judiciário abrem uma gaveta e de lá sacam essa velha e desgastada palavra: Acordo. Eu prefiro buscar no dicionário que tem mais legitimidade e não numa desacreditada gaveta brasiliense.

Significado de Acordo:
s.m. Conformidade de sentimentos; bom entendimento: viver em perfeito acordo.
Harmonia: acordo entre palavras e ação. 


“Em se tratando de Varig/Aerus versus governo/judiciário, este primeiro significado nunca esteve tão distante da realidade.”

Conformidade de sentimentos: Que “conformidade” de sentimentos pode haver entre quem trabalhou e poupou durante décadas para um final de vida decente e quem impede o desfrute desse direito?

Bom entendimento: Esse aqui na versão“deles” é aquele significado que se traduz mais ou menos assim: “Nós ferramos vocês e não reclamem! Estamos entendidos?”

Viver em perfeito acordo: No mundo de fantasia planaltino é eles fazerem o que bem entendem e nós pagarmos a conta. Tal como terem a obrigação de fiscalizar fundos de pensão, deixar o dinheiro de aposentados ser roubado e esperar que estes chatos achem tudo normal. E parte do judiciário dar o aval, demonstrando aí “viver em perfeito acordo” com a injustiça.
  
Harmonia: acordo entre palavras e ação: Palavras e ação temos visto demais. Palavras ocas e as ações torpes… desde 2006 até hoje, só ações contra nós. Harmonia não existe e nunca existirá entre os donos do poder. Mas quando é contra nós, suas palavras e ações sempre costuram um acordo.

Pacto, convenção, ajuste: as duas potências estabeleceram acordos entre si. Quando, dos dois lados da mesa estão “duas potências”, tudo bem. Mas nunca quando a potência é uma só. A impotência do outro lado da mesa terá de aceitar o “pacto” – só dez anos, viu? – E a “Potência” chamará a isto de “pacto” “convenção”, “ajuste” querendo mostrar ao mundo que é justa, magnânima e não tripudia sobre a impotência. É o clássico acordo do pescoço com a corda.

Estar de acordo, ser da mesma opinião.
Já estiveram de acordo conosco e tinham a mesma opinião:
“Podem criar uma previdência privada; ela será útil quando vocês envelhecerem”. Naquela altura não iam dizer para quem seria útil. E não deixaram de cobrar o imposto sobre as contribuições dos trabalhadores.

Pôr-se de acordo, entender-se. Esta última definição só teria valor se:
Fosse cumprida uma decisão de julho de 2012, recomeçando imediatamente os pagamentos das aposentadorias e pensões do Aerus já retroagindo a essa data. Fosse estabelecida uma indenização por danos morais em face da humilhação sob a qual “vivemos” nos últimos sete anos.
O Acordo que nos interessa já existe, só não é cumprido. Ele está na Constituição da República Federativa do Brasil, onde em capítulos e parágrafos diz claramente que o cidadão brasileiro tem direito à vida e à não redução de salário. Qualquer coisa diferente disto não está de ACORDO com que é direito e só pode ser escravidão.
Título e Texto: José Carlos Bolognese, 20-7-2013 

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3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. é uma vergonha isso tudo! e o pior que se eu ou voce ou outro que tenha um pouco mais de dignidade ou conhecimento , justiça e verdade que queira fazer o bem e ajudar as pessoas , tentam se candidatar para acabar com essa pouca vergonha malvada...eles vão lá e matam!!!!!!!!!!!!!!!!!! é o fim mesmo ! mas vamos tentar e ver no que dá!! vamos sim
    pois vai tudo sofrer mesmo ... então vamos sofrer e ter resultado!!!
    Izabel Regis

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  3. Fazer acordo com bandido?
    Era só o que faltava.

    Circe

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