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O novo tratamento pode ser
eficaz junto de quase todos os tipos de tumor.
Foto: Público/Arquivo
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Investigadores britânicos
testaram com sucesso um novo tratamento contra o cancro que promete
revolucionar o combate à doença. A nova droga circula inactiva no organismo e
só é activada por uma enzima emitida pelas células cancerígenas, altura em que
liberta um potente agente anti-cancro que conduz à morte dos tumores.
Ao ser libertada, esta
substância destrói os vasos sanguíneos dos tumores causando a sua morte por
falta de irrigação. Uma vez que só é activado pelos tumores, este tratamento
não deverá causar efeitos secundários nem afectar tecidos saudáveis, afirmam os
investigadores do Instituto Cancer Therapeutics (ICT) da Universidade de
Bradford, Reino Unido, que realizaram a investigação.
O novo tratamento é feito à
base de colquicina, uma substância extraída de uma flor que já tinha usos
medicinais no Antigo Egito - a Colchicum autumnale, também conhecida em
Portugal como Dama Nua. Esta droga pertence à família do Paclitaxel, o agente
de quimioterapia mais usado no mundo, produzido a partir da casca da árvore
Taxus brevifolia.
"Embora seja bastante
conhecida pelas suas propriedades anticancerígenas, a colquicina não é usada no
tratamento do cancro porque é demasiado tóxica”, explica Kevin Adams, gestor de
produto do ICT. "No entanto, nós encontrámos uma forma de diminuir a
potência da colquicina de maneira a tornar-se inofensiva para os tecidos
saudáveis mas tóxica para os vasos dos tumores”, acrescenta.
A nova droga é injectada na corrente
sanguínea e foi testada com sucesso, em ratos de laboratório, contra cancro de
mama, intestino, pulmão e próstata. No entanto, os investigadores acreditam que
será eficiente em qualquer tipo de tumor.
Nos testes de laboratório,
metade dos ratos ficou completamente curado após uma única injecção da droga e
houve redução no ritmo de crescimento dos tumores em todos os animais testados.
Os testes clínicos, com humanos, devem começar em menos de dois anos.
"O que desenvolvemos é,
de facto, uma ‘bomba inteligente’, que pode ser direccionada para matar
qualquer tumor sólido, aparentemente sem danificar os tecidos saudáveis",
afirma em comunicado o líder da pesquisa da Universidade de Bradford, Laurence
Patterson.
Fonte: Destak, 14-09-2011
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