sexta-feira, 20 de julho de 2012

"A receita mais eficaz para o desastre económico"



Caro Chico,  
Esta é a receita mais eficaz para o desastre econômico. A economia é uma ciência exata porém manejada politicamente em muitos países, e quando isto acontece os resultados são sempre desastrosos. O que assusta é que na última década, todos os governos do mundo manipularam a economia politicamente visando resultados eleitorais. Os Estados Unidos é um caso à parte pois o seu problema merece análise mais profunda em função das guerras que empreendeu no Afeganistão e no Iraque, a primeira por uma imposição dos terroristas da Al Qaeda e a segunda por uma questão geopolítica. Não obteve o êxito esperado mas pelo menos conteve os terroristas e obrigou a Rússia a gastar bilhões ajudando seus amigos de sempre que nunca lhes restitui a ajuda que recebem. Árabes não gostam de pagar o que tomam emprestado.  
No caso do Brasil há que se analisar um aspecto para mim muito importante. O propósito da esquerda dominante é desmoralizar o capitalismo e depois implantar o seu sistema, mesmo que às custas da falência das maiores empresas estatais brasileiras como a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. A Petrobrás está sendo dilapidada pela ineficiência (veja a coisa que botaram na sua presidência), pela infiltração sindical, pela corrupção e pela política de preços completamente irreal em relação ao mercado internacional dos derivados de petróleo. É usada como instrumento de política econômica para conter a inflação que bate à porta. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica serão dilapidados por vários motivos, inclusive pela política dos juros irreais que ora praticam.  
Tudo isto, a meu ver, faz parte de uma estratégia para quebrar a espinha dorsal do incipiente capitalismo que se pratica no Brasil. Quando a crise se tornar aguda, vão apelar para os movimentos de massas liderados por coisas como o MST e os bolsistas das bolsas esmolas, a CUT, a militância petista, as ONGs que há anos vivem de roubar o dinheiro público e, pasme, desta vez com a complacência dos milicos que hoje só se preocupam com bons salários.  
Se eu estivesse morando no Brasil eu estaria muito assustado com o que está vindo por ai. Vai ser feio. E nem o agronegócio, único setor eficiente do país, vai ser capaz de salvá-lo.
O resultado do socialismo sempre foi este.
Só existe uma maneira de conquistar o sucesso econômico/financeiro: gastando menos do que se ganha e poupando a diferença. Fora disso, a falência é certa. Esta crise global veio para mostrar isto. E os países que estão fora dela, seguiram os preceitos da ciência econômica.
Ah, a China! A China não passa de uma bolha. Quando explodir, resolve o problema da dívida pública norte americana.  
Abraços,
Otacílio Guimarães

Caro Otacílio,  
O que dizes é a verdade cristalina, mas a maioria dos brasileiros é composta por aqueles que não têm escolaridade e educação suficientes para ver e entender, ou faz parte do contingente de lavados cerebrais do marxismo gramscista. Estes estão sempre à procura de uma sinecura onde possam gastar o dinheiro... dos OUTROS.
Estão sempre buscando a centralização política e o autoritarismo e a estatização econômica que lhes garanta a sobrevivência de uma neoburguesia restrita que são os politburos socialistas, não importando que o povo acabe comendo merda.
É a regra de todos os países que construiram tal regime. Estamos entrando numa época de "vacas magras" e a ciranda do dinheiro fácil deve acabar. Como o socialismo acaba quando acaba o dinheiro...dos OUTROS, espero que o aperto que está chegando ajude a acabar com essa gangue comunista que tomou de assalto o poder no Brasil.
Saudações,
Francisco Vianna

Vianna
É preocupante. Li uma notícia, se não me engano no Estadão, que o preço do imóvel está cinco vezes mais caro do que o preço real de custo, e falava da necessidade de baixar os preços dos imóveis porque ficou muito acima do poder aquisitivo da população que realmente necessita
de casa para morar. Segundo a notícia isso acontece porque o sujeito que compra a casa não é um sujeito que quer a casa para morar mas é um atravessador. Digamos, por exemplo, um atravessador (aquele que compra a casa para revender e não para morar) compra uma casa de uma construtora por cem mil reais, e depois revende por duzentos mil, e esse revende por trezentos mil e assim por diante...
A conclusão é que uma pessoa que realmente quer comprar uma casa para morar, além da dívida que faz no banco (crédito/financiamento) para comprar um imóvel e este está supervalorizado. Não é de espantar que inadimplência aumente...
Pelo que você diz parece que o governo vai bancar a inadimplência, com o dinheiro dos impostos de todos os cidadãos pagadores de impostos e uma minoria de atravessadores vão lucrar bastante com isso...
Diogo
 
Diogo,  
Parece que sim. As intervenções estatais na economia são sempre desastrosas e, no Brasil, obedecem antes às 'leis do compadrio e do clientelismo' do que qualquer outra coisa, Mas há alguma coisa errada nessa estória, porque pelas leis mercadológicas, ninguém consegue comprar um imóvel por cem mil, revendê-lo em seguida por duzentos e este comprador revendê-lo por trezentos mil.  
O preço de um bem obedece basicamente a velha lei da oferta e da procura.
Quando o governo põe à disposição dos 'menos favorecidos' casas populares por um preço abaixo do valor de mercado, a juros subsidiados, tem que tomar o cuidado de não tornar o adquirente proprietário pleno mas apenas fiel depositário em fideicomisso do imóvel, de modo que ele não possa vende-lo até a quitação da hipoteca. Ele poderá vender os "direitos", mas o comprador assume a hipoteca e o fideicomisso.  
Tenho um amigo na Califórnia que vive muito bem e quando pela primeira vez perguntei a ele o que ele fazia para viver, ele respondeu: Faço negócios! (I do business!)
Ele simplesmente tinha um capital que girava em torno de 800 mil dólares e comprava imóveis na chamada "bacia das almas" e revendia logo a seguir - a maioria das vezes em transações casadas - e já passava a escritura diretamente para o nome do comprador. Como isso ele tinha um lucro que variava de 50 a 150 mil dólares por transação. Ele me confessou que fazia uma média de 15 dessas transações imobiliárias por ano. Pelo lucro mínimo, ele ganhava cerca de 750 mil dólares/ano... Ele me disse também que a maioria, logo após a compra, financiava o imóvel por uma "mortgage" (hipoteca) que levava duas a três décadas para ser quitada. Todavia, se quisesse vender o imóvel teria que quitar a hipoteca ou repassá-la para o comprador... Que por sua vez poderia refinanciar a parte paga e assim por diante. Ora isso é um absurdo econômico...  
Com a intervenção estatal (que começou no governo Clinton) as empresas financeiras de crédito (principalmente aquelas que operavam basicamente com o "subprime" (mercado imobiliário) foram "forçadas" - melhor dizer estimuladas - com o aval do FED, a facilitar o crédito a pessoas que normalmente não teriam condições de acesso a ele. Tal medida, tipicamente socialista do governo Democrata, começou a gerar "créditos tóxicos" ou "podres" que formaram uma imensa bolha que, ao explodir, gerou a crise financeira mundial a partir de 2008.
Conversei recentemente com o PJ (de Paul Jansen) - o amigo californiano - e ele me disse que está comprando propriedades a cerca de um terço do preço "de mercado" da época do estouro da bolha e, mesmo assim, a sua margem de lucro caiu bastante... Crise é pra todo mundo!
Isso é um exemplo de como a intromissão do mercado pelo estado pode ser tão economicamente deletéria... Na hora de tentar consertar a "cagada" o governo também democrata do queniano socialista através do FED produziu os "bailouts" (resgates) que já totalizam quase 1 trilhão de dólares, o que representa uma retirada de dinheiro de circulação que, no final, atinge mais os pobres do que quaisquer outros...
A sorte do Brasil é que tanto os bancos privados como os estatais praticamente não embarcaram nessa ciranda financeira do FED e não compraram quase nada desses "titulos fajutos"... Daí o eneadáctilo apedeuta ter dito que o tsunami americano chegaria aqui como uma "marolinha"... Quer dizer, não foi bem ele quem disse, mas foi quem falou, repetindo como papagaio de pirata o que lhe dizem as eminências pardas do "Foro de São Paulo".
É isso aí.
Um abraço,  
Francisco Vianna  

Vianna
Tem razão. A intervenção estatal é a raiz do mal no mercado.
Na crise do subprime nos EUA a maioria dos jornalões dizi que era a falência do capitalismo... Alguns poucos articulistas começaram a dizer fundamentadamente que o mal foi a intervenção estatal do governo dos democratas no mercado. O capitalismo de estado é que intervém e distorce todas as regras do mercado.
Diogo

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