Caro Chico,
Esta é a receita mais eficaz
para o desastre econômico. A economia é uma ciência exata porém manejada
politicamente em muitos países, e quando isto acontece os resultados são sempre
desastrosos. O que assusta é que na última década, todos os governos do mundo
manipularam a economia politicamente visando resultados eleitorais. Os Estados
Unidos é um caso à parte pois o seu problema merece análise mais profunda em
função das guerras que empreendeu no Afeganistão e no Iraque, a primeira por
uma imposição dos terroristas da Al Qaeda e a segunda por uma questão
geopolítica. Não obteve o êxito esperado mas pelo menos conteve os terroristas
e obrigou a Rússia a gastar bilhões ajudando seus amigos de sempre que nunca
lhes restitui a ajuda que recebem. Árabes não gostam de pagar o que tomam
emprestado.
No caso do Brasil há que se
analisar um aspecto para mim muito importante. O propósito da esquerda
dominante é desmoralizar o capitalismo e depois implantar o seu sistema, mesmo
que às custas da falência das maiores empresas estatais brasileiras como a
Petrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. A Petrobrás está
sendo dilapidada pela ineficiência (veja a coisa que botaram na sua
presidência), pela infiltração sindical, pela corrupção e pela política de preços
completamente irreal em relação ao mercado internacional dos derivados de
petróleo. É usada como instrumento de política econômica para conter a inflação
que bate à porta. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica serão dilapidados por
vários motivos, inclusive pela política dos juros irreais que ora praticam.
Tudo isto, a meu ver, faz
parte de uma estratégia para quebrar a espinha dorsal do incipiente capitalismo
que se pratica no Brasil. Quando a crise se tornar aguda, vão apelar para os
movimentos de massas liderados por coisas como o MST e os bolsistas das bolsas
esmolas, a CUT, a militância petista, as ONGs que há anos vivem de roubar o
dinheiro público e, pasme, desta vez com a complacência dos milicos que hoje só
se preocupam com bons salários.
Se eu estivesse morando no
Brasil eu estaria muito assustado com o que está vindo por ai. Vai ser feio. E
nem o agronegócio, único setor eficiente do país, vai ser capaz de salvá-lo.
O resultado do socialismo
sempre foi este.
Só existe uma maneira de
conquistar o sucesso econômico/financeiro: gastando menos do que se ganha e
poupando a diferença. Fora disso, a falência é certa. Esta crise global veio
para mostrar isto. E os países que estão fora dela, seguiram os preceitos da
ciência econômica.
Ah, a China! A China não passa
de uma bolha. Quando explodir, resolve o problema da dívida pública norte
americana.
Abraços,
Otacílio Guimarães
Caro Otacílio,
O que dizes é a verdade
cristalina, mas a maioria dos brasileiros é composta por aqueles que não têm
escolaridade e educação suficientes para ver e entender, ou faz parte do
contingente de lavados cerebrais do marxismo gramscista. Estes estão sempre à
procura de uma sinecura onde possam gastar o dinheiro... dos OUTROS.
Estão sempre buscando a
centralização política e o autoritarismo e a estatização econômica que lhes
garanta a sobrevivência de uma neoburguesia restrita que são os politburos
socialistas, não importando que o povo acabe comendo merda.
É a regra de todos os países
que construiram tal regime. Estamos entrando numa época de "vacas
magras" e a ciranda do dinheiro fácil deve acabar. Como o socialismo acaba
quando acaba o dinheiro...dos OUTROS, espero que o aperto que está chegando
ajude a acabar com essa gangue comunista que tomou de assalto o poder no
Brasil.
Saudações,
Francisco Vianna
Vianna
É preocupante. Li uma notícia,
se não me engano no Estadão, que o preço do imóvel está cinco vezes mais caro
do que o preço real de custo, e falava da necessidade de baixar os preços dos
imóveis porque ficou muito acima do poder aquisitivo da população que realmente
necessita
de casa para morar. Segundo a notícia
isso acontece porque o sujeito que compra a casa não é um sujeito que quer a
casa para morar mas é um atravessador. Digamos, por exemplo, um atravessador
(aquele que compra a casa para revender e não para morar) compra uma casa de uma
construtora por cem mil reais, e depois revende por duzentos mil, e esse
revende por trezentos mil e assim por diante...
A conclusão é que uma pessoa
que realmente quer comprar uma casa para morar, além da dívida que faz no banco
(crédito/financiamento) para comprar um imóvel e este está supervalorizado. Não
é de espantar que inadimplência aumente...
Pelo que você diz parece que o
governo vai bancar a inadimplência, com o dinheiro dos impostos de todos os
cidadãos pagadores de impostos e uma minoria de atravessadores vão lucrar
bastante com isso...
Diogo
Diogo,
Parece que sim. As
intervenções estatais na economia são sempre desastrosas e, no Brasil, obedecem
antes às 'leis do compadrio e do clientelismo' do que qualquer outra coisa, Mas
há alguma coisa errada nessa estória, porque pelas leis mercadológicas, ninguém
consegue comprar um imóvel por cem mil, revendê-lo em seguida por duzentos e
este comprador revendê-lo por trezentos mil.
O preço de um bem obedece
basicamente a velha lei da oferta e da procura.
Quando o governo põe à
disposição dos 'menos favorecidos' casas populares por um preço abaixo do valor
de mercado, a juros subsidiados, tem que tomar o cuidado de não tornar o
adquirente proprietário pleno mas apenas fiel depositário em fideicomisso do
imóvel, de modo que ele não possa vende-lo até a quitação da hipoteca. Ele
poderá vender os "direitos", mas o comprador assume a hipoteca e o
fideicomisso.
Tenho um amigo na Califórnia
que vive muito bem e quando pela primeira vez perguntei a ele o que ele fazia
para viver, ele respondeu: Faço negócios! (I
do business!)
Ele simplesmente tinha um
capital que girava em torno de 800 mil dólares e comprava imóveis na chamada
"bacia das almas" e revendia logo a seguir - a maioria das vezes em
transações casadas - e já passava a escritura diretamente para o nome do
comprador. Como isso ele tinha um lucro que variava de 50 a 150 mil dólares por
transação. Ele me confessou que fazia uma média de 15 dessas transações imobiliárias
por ano. Pelo lucro mínimo, ele ganhava cerca de 750 mil dólares/ano... Ele me
disse também que a maioria, logo após a compra, financiava o imóvel por uma
"mortgage" (hipoteca) que levava duas a três décadas para ser
quitada. Todavia, se quisesse vender o imóvel teria que quitar a hipoteca ou
repassá-la para o comprador... Que por sua vez poderia refinanciar a parte paga
e assim por diante. Ora isso é um absurdo econômico...
Com a intervenção estatal (que
começou no governo Clinton) as empresas financeiras de crédito (principalmente
aquelas que operavam basicamente com o "subprime" (mercado imobiliário)
foram "forçadas" - melhor dizer estimuladas - com o aval do FED, a
facilitar o crédito a pessoas que normalmente não teriam condições de acesso a
ele. Tal medida, tipicamente socialista do governo Democrata, começou a gerar
"créditos tóxicos" ou "podres" que formaram uma imensa
bolha que, ao explodir, gerou a crise financeira mundial a partir de 2008.
Conversei recentemente com o
PJ (de Paul Jansen) - o amigo californiano - e ele me disse que está comprando
propriedades a cerca de um terço do preço "de mercado" da época do estouro
da bolha e, mesmo assim, a sua margem de lucro caiu bastante... Crise é pra
todo mundo!
Isso é um exemplo de como a
intromissão do mercado pelo estado pode ser tão economicamente deletéria... Na
hora de tentar consertar a "cagada" o governo também democrata do
queniano socialista através do FED produziu os "bailouts" (resgates)
que já totalizam quase 1 trilhão de dólares, o que representa uma retirada de
dinheiro de circulação que, no final, atinge mais os pobres do que quaisquer
outros...
A sorte do Brasil é que tanto
os bancos privados como os estatais praticamente não embarcaram nessa ciranda
financeira do FED e não compraram quase nada desses "titulos
fajutos"... Daí o eneadáctilo apedeuta ter dito que o tsunami americano
chegaria aqui como uma "marolinha"... Quer dizer, não foi bem ele
quem disse, mas foi quem falou, repetindo como papagaio de pirata o que lhe
dizem as eminências pardas do "Foro de São Paulo".
É isso aí.
Um abraço,
Francisco Vianna
Vianna
Tem razão. A intervenção estatal
é a raiz do mal no mercado.
Na crise do subprime nos EUA a maioria dos jornalões
dizi que era a falência do capitalismo... Alguns poucos articulistas começaram
a dizer fundamentadamente que o mal foi a intervenção estatal do governo dos democratas
no mercado. O capitalismo de estado é que intervém e distorce todas as regras
do mercado.
Diogo
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