João Bosco Leal
Em uma palestra que vi na
internet, um fotógrafo revela como, durante quatro horas por dia e sete dias
por semana, acompanhou fotograficamente uma flor desde seu nascimento, e como
isso o fez perceber o quanto deveria ser grato por cada segundo vivido.
Enquanto falava, na parede
atrás eram projetadas as imagens dos delicadíssimos movimentos das plantas, de
gotas de águas que sobre elas caíram, o aparecimento de suas cores, a abertura
de cada pétala até sua total exposição, amadurecimento, polinização por abelhas.
Lembrou sua plateia de que 80%
de tudo o que sabemos chega ao nosso conhecimento através dos olhos, mas poucos
são os que realmente enxergam o que olham à sua volta.
Com imagens e exemplos
maravilhosos a palestra realmente chama a atenção para como, diariamente
desprezando maravilhosos acontecimentos, passamos pela vida sem vivê-la e como
somos ingratos por não estarmos constantemente agradecendo pela benção que é viver.
Quantas vezes ao acordar e
começarmos um novo dia, olhamos para o sol nascendo e observamos a diferença de
seus raios em relação ao dia anterior, o tempo mais aberto ou fechado, seco ou
úmido, chovendo ou não, calor ou frio? Parece bobagem, mas jamais existiu ou
existirá um momento como aquele, único, com milhares de variações de
luminosidade, intensidade, umidade, cores e temperaturas.
O formato, a posição, as cores
e a velocidade das nuvens variam milhões de vezes durante um único dia, e raras
são as pessoas que em alguma oportunidade pensaram sobre isso, pois a maioria
imagina que isso é uma enorme bobagem, que não existe nenhuma importância nesse
fato.
Realmente, o formato das
nuvens teoricamente em nada mudará sua vida, mas através de sua densidade, cor
e velocidade é que a ciência consegue obter dados que, em conjunto com outras
informações, permitem determinar a temperatura e as precipitações ou não nos
próximos dias, o que influenciará significativamente o plantio, o
desenvolvimento e a colheita de todos os alimentos que necessita para sua
sobrevivência e comprova o quanto somos conectados e integrados a tudo o que
está à nossa volta, principalmente a natureza.
Além das informações visuais,
nosso cérebro recebe milhares de outras, de fontes diversas, como a diferença
de temperatura climática, entre a água ou um objeto quente ou frio, o som do
vento nas árvores ou o cheiro emanado da terra quando chove e a reação a
qualquer dessas informações provoca um sentimento único, que faz com que em
cada segundo de nossa vida tenhamos uma situação, história, que jamais se
repetirá.
Nas observações feitas com os
olhos e registradas em fotografias, podemos notar como o orvalho provocado por
uma queda de água em um rio, nunca foi e jamais será igual, pois dependendo da
intensidade do vento que o sopra, muda a cada instante, assim como o arco íris
que jamais teve ou terá a mesma espessura, tamanho, tonalidade das cores ou
estará no mesmo local.
Os olhos, as mais perfeitas
máquinas fotográficas que existem, não utilizam filmes ou imagens digitais
registradas em megapixels, mas exigem uma mente aberta para a recepção e
processamento de suas informações, que serão entendidas de forma totalmente
distintas por cada ser humano e, quando passamos a enxergar cada um desses
detalhes, somos levados a refletir sobre aspectos que podem alterar
significativamente nosso modo de ver e entender tudo o que vivemos.
Abra sua mente para as informações recebidas e perceba como, a cada
segundo, deve ser grato pela maravilhosa dádiva que é sua vida.
Título, Imagem e Texto: João
Bosco Leal
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