Francisco Vianna
Agentes iranianos planejavam atingir alvos israelenses e ocidentais no Quênia
Dois agentes iranianos foram
presos por posse de explosivos que planejavam usar em ataques terroristas a
alvos americanos, britânicos, sauditas e israelenses no Quênia, alegam autoridades
do país africano.
Autoridades quenianas disseram
à agência de notícias Associated Press
que a conspiração parece obedecer a um padrão global de ataques terroristas –
ou de tentativas de ataques – por agentes iranianos, principalmente contra
interesses israelenses.
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Ahmad Abolfathi Mohammad e
Sayed Mansour Mousavi foram presos na semana passada de posse de 33 libras do
explosivo plástico RDX, de alto poder destrutivo, na cidade costeira de Mombasa,
foto: AP
|
Os dois sujeitos acima na foto
foram presos com 33 libras de RDX, um poderoso explosivo plástico, na cidade
costeira de Mombasa. Diversos hotéis de praias no país são de propriedade de
israelenses e judeus. Uma das autoridades disse que os iranianos são membros do
Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica da Força Qud, uma unidade secreta de
elite do regime islamofascista persa.
Mohammad, o da esquerda na
foto, disse na semana passada que os dois foram interrogados por agentes
israelenses, uma alegação que, se verdadeira, estaria a sugerir que as
autoridades de segurança queniana acreditam que os persas poderiam ter
escolhido, como alvo, uma propriedade de judeus israelenses. Agentes iranianos
são suspeitos de diversos atentados ou ataques frustrados pelo mundo a fora no
ano passado, inclusive no Azerbaijão, na Tailândia e na Índia. A maior parte
das conspirações tem a ver com alvos israelenses.
Diversos resorts no litoral do
Quênia são de propriedade de judeus e israelenses. Militantes, em 2002
bombardearam um luxuoso hotel pertencente a um judeu israelense próximo de
Mombasa, matando 13 pessoas. Os terroristas também tentaram derrubar a tiros um
avião de carreira israelense ao mesmo tempo. Um agente da al-Qaeda estava
ligado a tais atentados.
Cinco cientistas iranianos
ligados ao programa nuclear de Teerã foram também mortos nos últimos dois anos
e o Irã culpou Israel pelos assassinatos – bem como as agências de inteligência
dos EUA e da Grã-Bretanha. Em troca, Israel acusa o Irã de alegadas missões de
represália contra propriedades de cidadãos israelenses e contra judeus que
trabalham no exterior.
O Irã nega tais ligações com atentados fora de suas fronteiras.
Representantes da Embaixada
Americana no Quênia, do Alto Comissariado Britânico e da Embaixada Israelense
no país africano se negaram a comentar sobre as prisões dos agentes persas. Um
porta-voz do governo queniano não atendeu às chamadas telefônicas nem as
mensagens de texto que buscavam seus comentários.
Investigadores acreditam que
se a conspiração dos iranianos tivesse tido sucesso, a suspeita da autoria
naturalmente cairia não sobre o Irã, mas sim sobre o grupo militante somali
al-Shabab, ligado à al-Qaeda. Esse grupo Al-Shabab vem ameaçando derrubar
arranha-céus de Nairobi, em sequência à ação militar do Quênia na Somália no
ano passado.
Militantes terroristas – mais
provavelmente da Somália – perpetraram atentados de pequena escala no Quênia no
ano passado, inclusive sequestros, atentados a granada e um a bomba no centro
de Nairobi que arrancou o telhado de um prédio.
Título e Texto: Francisco
Vianna (Fonte: AP)
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