quarta-feira, 1 de agosto de 2012

O gângster afro-luso-brasileiro


Alberto de Freitas
Os portugueses – não existem dados de reações no resto do mundo – abriram a boca de espanto, perante o desmascarar de Miguel Relvas, o nosso Al Capone.

E apontam-se cúmplices. Começa-se pelo Brasil, com o enumerar das amizades tenebrosas. Com nomes e tudo… quando… oh meu Deus, como foi possível tal engano: os descriminados delinquentes, fazem parte do partido no poder. Bem, o Relvas continuava delinquente, mas, os presumidos cúmplices – iminentes figuras da esquerda brasileira – não passaram de vítimas de tão tenebrosa personagem. E, assim, a ligação ao Brasil, caiu no esquecimento.

E Angola? Sim, Angola… ops… É pá, então não é que as amizades, também fazem parte do partido no poder. É melhor deixar cair tais suspeitas, porque se começa a escarafunchar ainda se chega a suspeitos acima de qualquer suspeita.

Resta Portugal. Aí, a Revista Visão faz capa e apresenta-nos detalhada pesquisa jornalística de elevado interesse político e, quiçá, histórico. Onde se demonstra a maldade da criatura, que, cometeu o crime de nunca ter transgredido a Lei. Nem uma multazinha de trânsito ou construção de marquise sem autorização camarária.

Tentou-se o testemunho de Natalina Pintão – ex-sogra, mãe de Paula, com início de namoro “enfarinhando-se” com o suspeito (que deve ser bem melhor que feito no areal) – que se limitou a confirmar que o homem se fartava de estudar…

Bom, a quem não leu o artigo (de fundo) da revista Visão, deixo um conselho: não leia. A dona Gertrudes que vende fruta no mercado de Campo de Ourique, ou o Toni da Burra que tem uma horta em Odivelas, terão, provavelmente uma história mais interessante que o presumido bandido. Excluindo o pormenor que, tanto a Gertrudes, como Toni da Burra, nunca terem pensado em privatizar a RTP.
Título e Texto: Alberto de Freitas, 01-8-2012

NE: A matéria da revista Visão, nº 1012, de Miguel Carvalho, aqui. O mesmo que assina a matéria, em agosto de 2011, “Miguel Relvas: Brasil S.A., poder, dinheiro…”

Sobre o mesmo gângster:

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