Alberto de Freitas
O País devia mostrar-se
agradecido para com Miguel Relvas, tal como um guloso para com a cereja no topo
do bolo. Anos de facilitismo na lúdica educação de uma esquerda inconsequente,
culminaram com a trapalhada Relvas. Já devia ter acontecido com Sócrates, mas a
capacidade do PS no que se refere a “contrainformação” é de espantar. Seja qual
for a incriminação – incluindo pedofilia – logo as forças socialistas, num
amplo e espontâneo movimento democrático de repúdio, se levantam. A vitimização
do criminoso altera completamente a ordem de valores. O PSD não tem tal força
aglutinadora, qual “saco-de-gatos”, em que aquele que tiver o “rabo de fora”…
se amanhe.
Relvas será cozinhado,
mastigado e deglutido, com “arrasto” do 1º ministro. E mais do que nunca,
necessitamos de um 1º ministro livre de escaramuças.
Mas a dívida do País para com
Relvas – aumentada se ele pedisse a demissão – é por nos mostrar a
descredibilização de um sistema de ensino superior. A autonomia universitária,
permitiu a meia dúzia de espertos, o poder das maiores traficâncias. O prejuízo
na imagem do País é imenso. As “privadas” (exceção para a Católica) têm o mesmo
prestígio que a Universidade de Amizade dos Povos Patrice Lumumba, tinha para o
3º mundo. Com a politização do ensino e o facilitismo que, para os países de
origem dos estudantes, o importante era, não as competências, mas o “canudo”
para efeitos estatísticos e de propaganda.
E não é questão do maior ou
menor prestígio da Universidade, é de fraude que estamos a falar. E é esse
alerta do “bater no fundo” que devemos a Relvas.
A partir daqui, alguma coisa
tem que mudar… e, haja a esperança que não seja para que tudo fique na mesma.
Título e Texto: Alberto de Freitas, 10-7-2012
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