![]() |
Foto: Jairo Goldflus |
— A gente, brasileiro, nunca
foi tão malandro, tão guarani-kaiowá [olha a polêmica aí], tão riponga,
tão chulé como agora — avalia Lobão. — Você vê as ruas quebradas, as pessoas se
divertindo com passatempos de quinta categoria, músicas que só podem causar
atrofia no cerebelo e, na política, militantes que são a coisa mais cafona,
mais rastaquera que há. É uma farofada: aquela coisa linguiça com cachaça,
sandália de couro, barbicha... de última. Amamos a pobreza. O bom regime não é
nivelar por baixo, na laje da Barbie. É justamente chamar todo mundo para a
prosperidade. É ganhar o Nobel de Ciência, Literatura, Economia... Ou, então,
vai ficar exportando bunda, axé, pagode, coisas de terceira categoria.
Não é todo mundo que Lobão
acha de quinta categoria — ou algo parecido. Ele ressalva que conhece muitos
jovens extremamente criativos:
— Quando eles são legais, são
muito legais! Mas, em geral, o bundamolômetro está alto. Ou é o militante
riponga, ou é o playboyzão que vai com a namorada com minissaia abajur de
xoxota para o show do Luan Santana num puta carrão.
(…)
Título e Texto: O Globo, 04-05-2013
Continue lendo aqui
Relacionado:
O BRASIL PRECISA CONHECER O QUE VAI ESCONDIDO NOS BASTIDORES POLÍTICOS
ResponderExcluirMARIO FONSECA VENTURA
Ah, quem dera tivéssemos mais Lobão neste Brasil arrasado moralmente!
ResponderExcluir