Carlos Alberto Chaves comparou um possível toque de recolher às ações da ditadura militar
Larissa Ventura
Na manhã desta quinta-feira, 4 de março, o Secretário de Estado de Saúde no Rio de Janeiro, Carlos Alberto Chaves [foto], em entrevista ao Bom Dia Rio, na TV Globo, descartou a possibilidade de novas medidas restritivas serem adotadas pelo governo estadual e afirmou que o governo já adota medidas de combate ao coronavírus.
O secretário disse que existe
um alarmismo diante da covid-19 e comparou um possível toque de recolher às
ações da ditadura militar.
Questionado sobre a
necessidade de o governo adotar ações preventivas, o secretário respondeu que
as medidas estão sendo realizadas. Ele defendeu que a melhor solução é
intensificar a distribuição de vacinas, e que a ocupação de leitos no estado
não justifica a necessidade de maiores contenções até o momento.
“A prevenção é importante e
estamos tranquilamente fazendo isso. A prevenção é a pesquisa, os exames de saúde,
o monitoramento dos leitos, junto com a presença da saúde dos municípios. Qual
a solução para isso tudo? É a vacina, 70% da população, nós ficamos tranquilos”
afirmou o secretário.
Chaves ainda criticou especialistas que têm defendido o aumento nas restrições no estado: “Eu tenho que pensar que muitos desses pesquisadores nunca botou (sic) a mão em um doente, nunca viu um doente na frente. É muito fácil falar dentro de um ar-condicionado. Estamos fazendo a prevenção sim!“, disse o secretário.
A partir desta sexta-feira (5/3), a prefeitura do Rio adota novas medidas restritivas para conter o avanço da Covid-19. Bares e restaurantes terão ‘toque de recolher’ e não podem funcionar após às 17 horas, boates, quiosques e feiras não poderão funcionar e ambulantes não vão poder trabalhar nas praias da capital. A medida vai até ao dia 11 de março.
Título e Texto: Larissa Ventura, Diário do Rio, 4-3-2021Relacionados:
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