Filme foi lançado recentemente pela
produtora Brasil Paralelo
Edilson Salgueiro
A página Brasil para Lerdos promoveu uma campanha de censura ao documentário O Fim da Beleza, lançado recentemente pela produtora Brasil Paralelo. O filme discute, entre outras coisas, a decadência dos padrões estéticos no Ocidente. A obra chegou a ser exibida em algumas escolas e faculdades do país. Até que os militantes digitais entraram em cena.
“É inadmissível este tipo de
conteúdo ser propagado em universidades públicas”, escreveu a Brasil para
Lerdos, no Twitter.
“Conto com vocês para compartilhar e pressionar para impedir essa
exibição.”
A despeito da campanha, o
filme foi exibido na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
O documentário da Brasil Paralelo é inspirado, em partes, na obra do filósofo Roger Scruton. Seu legado está fortemente vinculado à questão estética. Em vida, o escritor britânico quis entender o papel da beleza na vida diária, a maneira como os cidadãos comuns podem suportar o fardo da existência com pitadas de ritmo, melodia, harmonia, textura e forma.
O resultado dessa reflexão
está no livro Beleza,
publicado originalmente em 2009, na Inglaterra, e posteriormente traduzido para
o português. As conclusões de Scruton caminham no sentido oposto da filosofia
contemporânea, partidária apaixonada do relativismo estético.
Para o escritor britânico,
a beleza importa. E desprezá-la significa romper com os valores que foram
construídos a ferro e fogo, durante milênios, pela civilização ocidental.
Título e Texto: Edilson
Salgueiro, revista Oeste, 5-3-2022, 12h59
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