Rodrigo Constantino
A guerra iniciada pela invasão
da Ucrânia pela Rússia mostrou, uma vez mais, os perigos da dependência de
insumos básicos vindos de países dominados por tiranias. A lição deveria ser
sobre o risco da agenda ambientalista radical, que tornou o Ocidente refém do
petróleo e do gás oriundos da Rússia, assim como a ameaça ao fornecimento de
fertilizantes para nosso agronegócio, quando o mundo impõe sanções econômicas
ao agressor.
Em vez de aprender essa lição
e pregar a redução da burocracia que impede a produção desses insumos no
próprio Ocidente, a esquerda “progressista” prefere dobrar a aposta, falar em
“energia limpa” e ignorar o flerte dos Estados Unidos com a ditadura socialista
venezuelana. Pura hipocrisia. Já no Brasil não é diferente: nossa esquerda caviar
se revolta contra um projeto de lei que tornaria mais fácil a exploração de
terras indígenas para produzir os necessários fertilizantes para nosso
agronegócio, locomotiva da nossa economia.
Os suspeitos de sempre saíram do Leblon e da Vila Madalena para demonstrar sua ignorância e usar os índios como mascotes, condenando a “exploração capitalista”. Para figuras como Caetano Veloso, índio quer apito, não acesso aos bens materiais de que ele desfruta. É uma mistura de visão estética de mundo com o romantismo inspirado em Rousseau, o filósofo da vaidade, com base na crença patética do “bom selvagem”. Serve para acalentar os corações de uma elite culpada, nada mais. E os índios de carne e osso que se danem!
O mesmo Lula ameaçou que vai
governar com o MTST, um movimento invasor criminoso. Com os artistas, estava
alguém portando um boné do MST, o braço rural dessa mentalidade radical. E para
piorar, essa gente foi recebida para fotos por ministros do STF, que em breve
terão de julgar questões constitucionais sobre o assunto. É tudo tão bizarro
que fica difícil até comentar. Não temos juízes supremos, mas sim militantes
supremos.
Título e Texto: Rodrigo
Constantino, Gazeta
do Povo, 15-3-2022, 11h17
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