segunda-feira, 3 de outubro de 2022

[Atualidade em xeque] Segundo turno? Não precisava isso!

José Manuel

Não, claro que não, pois passamos quatro anos em relativa tranquilidade apesar de uma pandemia inesperada,  mas mesmo assim o país  teve ganhos substanciais à  sua população, nada parecido com os escândalos petralhas anteriores ao mandato que termina e, em que pese o ocorrido na saúde, conseguimos manter a inflação  sob controle, a recuperação  de empregos, que não  é  desconhecido da população e o formidável  desempenho no agronegócio,  sendo hoje em dia talvez o principal fornecedor de alimentos no mundo  visto problemas climáticos  na China e guerra na Ucrânia. 

Então, por que segundo turno? Realmente não merecíamos que isso acontecesse, mas por que aconteceu?

Talvez as muitas razões para isso, possam ser resumidas em apenas dez:

1°) Não merecíamos que um governo, grande vencedor em 2018, se mantivesse perenemente nos quatro anos, em absoluta campanha eleitoral, e constantemente se desvencilhando de proeminentes convidados ao staff que agradavam muito a população, mas não ao seu estilo. Isso desiludiu demais a população mais esclarecida. 

2°) Não merecíamos ver a todo momento os filhos do presidente que apesar de terem cargos políticos, se metendo em negócios de Estado, redes sociais, partidos políticos, fake-news etc.etc.

Família não se mistura com governo, fica em casa!

A família de um mandatário em exercício é o seu povo! 

Se não concordar, não se candidate. 

A população esclarecida, não gostou!

3°) Não merecíamos a insistente mistura de cultos religiosos se misturando ou se imiscuindo na vida palaciana ou na política, não agradando nem um pouco a maioria da população católica do país. 

O país é oficialmente “Laico", mas ao que parece não leram corretamente a constituição.  Isso irritou profundamente a muitos, inclusive a mim.

### O § 2º de seu art. 11 proclamava que “é vedado aos Estados, como à União, estabelecer, subvencionar, ou embaraçar o exercício de cultos religiosos”. Firma-se então o Estado laico no Brasil, em que todas as religiões contam com a proteção estatal. Consagra-se a liberdade de crença e de culto. ###

4°) Não merecíamos o gênero “malandro Zé carioca " com palavrões à vontade e conforme fotos de sua vida privada, uma figura pessoal intencionalmente desleixada, com tendência a “gozador" de tudo e de todos, sorriso eternamente artificial e plastificado, se achando "dono do pedaço” sem perceber que não agrada as camadas mais baixas da população, tampouco as mais altas que prezam pela simplicidade educada e postura de Estadista.

Um dirigente máximo é forçosamente o espelho em que a população se mira com seu exemplo. Esqueceu de exemplos como monarquias e de governos de países do primeiro mundo, quando executam as suas funções. 

5°) Convidou para fazerem parte de seu governo figuras reconhecidas no mundo inteiro como pessoas do mais alto nível jurídico e militar, como o Juiz Dr. Sérgio Moro, que colocou na cadeia o petralha que agora em 2° turno ameaça levar o país ao caos político, econômico e social, para possivelmente deixarmos de ser a lufada de vento progressista da América Latina, para voltar a ser um simples puxadinho de Cuba e Venezuela. 

Precisava isso? Não merecíamos isso!

Usou a máquina governamental para fazer o que todos sabem contra o Dr. Sérgio Moro a ponto do Jurista ser achincalhado em redes sociais, sob a sua batuta, por elementos fanáticos e sem a menor consciência política.

A população esclarecida não gostou nem um pouco a perda de uma figura exemplar a todos, principalmente por ter lavado a alma do país, ao processar centenas de corruptos da máquina estatal.

6°) Convidou militares de alta patente, importantes figuras das nossas forças armadas e, dentre tantos os defenestrados, o General Santos Cruz, oficial General de Divisão, reconhecido pela ONU com cargos de comandante em chefe de forças de estabilização no Congo, no Haiti e recentemente convidado novamente pela ONU em cargo de observador na invasão da Ucrânia.

Assim como o Dr. Moro, o General Santos Cruz também caiu em desgraça, neste governo sem motivos substanciais para o desligamento.

A população esclarecida e provavelmente a militar, certamente também não gostaram desse triste episódio. 

Não merecíamos isso!

7°) A administração da chamada "pandemia de Coronavírus" foi extremamente atabalhoada com quatro ministros da saúde que não se entendiam, um presidente que a torto e a direito "prescrevia” medicamentos sem poder para tal, com medidas confusas sobre o uso de máscaras por exemplo e/ ou medicamentos específicos, falta de respiradores e/ou leitos acabou ocasionando uma média, de 600 mil mortes, que em grande parte poderiam ter sido evitadas.

As diversas camadas da população se sentiram traídas pela sua forma de agir durante esse processo pandêmico.

Não merecíamos isso!

8°) A diplomacia, foi um dos seus piores momentos como dirigente.

Foram várias as falhas nesse campo diplomático, iniciando com a visita a quem ele considera seu amigo "10", na visita que fez a Moscou exatamente quando o autocrata criminoso já tinha colocado 200 mil soldados na fronteira com a Ucrânia e todo o mundo temia o pior que acabou acontecendo.  Parece que só ele não sabia e claro, poderia ter escolhido outra ocasião 

As populações menos e mais esclarecidas não gostaram nem um pouco desse tipo de atitude pois o retrato que temos do nosso corpo diplomático ao longo de décadas é bem diferente do executado. 

9°) Após a invasão criminosa da Ucrânia, o presidente se declarou "solidário" à Rússia, numa atitude que chocou a diplomacia mundial e pior, defendeu uma solução negociada para a invasão. 

Isso não existe na diplomacia pois para um país invadido criminosamente, com cenas explícitas de genocídio e ataques deliberados a áreas civis, só existe a alternativa do invasor se retirar. Nada mais, nada menos.

Além de chocar o mundo e seu próprio país ao permanecer "em cima” do muro numa neutralidade absurda, ainda em uma entrevista declarou que os Ucranianos entregaram seu destino nas mãos de um “comediante", se referindo à uma das atuações do presidente da Ucrânia, desconhecendo que Volodymyr Zelensky é advogado por profissão. 

Mais um furo diplomático considerando a grande colônia Ucraniana no Brasil, seus descendentes e simpatizantes no país. 

Além do que Zelensky hoje é considerado pelo mundo diplomático como um exemplo a ser seguido e um herói nacional.

10°) Não  merecíamos a penúltima falha colossal de diplomacia, ao convidar o Presidente de Portugal, nossa pátria  mãe que nos deu um idioma lindo, um território  enorme e rico, logo na época  do bicentenário da independência,  e quando já  aqui no Brasil, cancelar  sem mais nem menos, sem justificar o cancelamento para o almoço,  apenas porque o referido presidente se encontrou  com personalidades do governo anterior, a nível de relações internacionais, desrespeitando uma enorme colônia portuguesa no Brasil e um potencial número de votos.

Não merecíamos isso!

Então, a última, ao estar presente no funeral da rainha Elisabeth II, fez campanha política nas ruas de Londres, junto a um grupo de brasileiros que lá se encontrava, deixando os londrinos enfurecidos com a sua atitude desrespeitosa.

Ninguém merece isso!

A reflexão que fica numa das perguntas que o presidente fez na semana passada,

"O que eu fiz de errado?"

Uma vez que o presidente perguntou publicamente, resolvi como observador, lhe mostrar como e onde ele errou.

Na condução brilhante de um país rumo ao futuro, não basta que não se permita corrupção ou mesmo que não seja ladrão, como seu antecessor.

Se torna imprescindível que não se cometam sob hipótese alguma os dez erros acima, pois o povo está de olho em todas as atitudes de um presidente, e não perdoa os erros.

Também não poderia ter esquecido, que num país com 11 milhões de analfabetos e outros tantos analfabetos funcionais, indivíduos vulneráveis a manipulações políticas criminosas, tudo pode ocorrer numa eleição. 

Até a volta de um ladrão!

E a culpa é sempre da fraude, nunca do candidato!

Título e Texto: José Manuel – só relembrando ao grupo Varig que a TR foi suspensa ilegalmente em setembro de 2019, apenas retornando com a pronta intervenção da Aprus. 3-10-2022

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