Rodrigo Constantino
Já fui processado pelo PT por
chamar o partido de quadrilha, e venci. Afinal de contas, teve ministro supremo
que assim definiu a agremiação política comandada por Lula, à época do mensalão
e do petrolão. Hoje muita gente tenta passar uma borracha no passado, mas eu
tenho memória - e decência.
Portanto, sejamos francos: o
PT parece muito uma quadrilha. E quadrilha não tem aliados, mas cúmplices,
comparsas. O que une figuras como Renan Calheiros em torno de Lula é a sede por
recursos públicos, poder, nada mais. Não há um projeto de nação; apenas um
projeto de poder totalitário.
Os monstros do pântano já estão salivando com a expectativa de agarrar nacos do estado no próximo governo. Eis o "plano de governo" de Lula, que sequer foi apresentado durante a campanha: tomar de assalto o estado e promover a divisão do butim entre seus companheiros. Estão todos de olho na pilhagem da coisa pública, tratada como cosa nostra por essa máfia golpista.
É por isso que torneiras serão
abertas, o teto será furado e os ministérios serão ampliados. É preciso dar
conta dos "acordos", leia-se negociatas de bastidores para atrair o
apoio da tal "frente ampla", que não quer democracia coisa alguma, e
sim a volta da roubalheira. O ladrão queria voltar à cena do crime, alertou
Alckmin antes de aderir ao esquema.
É por isso que teremos a recriação de inúmeros ministérios, para acomodar os apaniguados, oferecer os cabides de emprego, os recursos e o poder aos companheiros. Lula já indicou que dividirá o Ministério da Economia em três pastas: Planejamento, Fazenda e Pequenas Empresas. O mesmo deve ocorrer com Igualdade Racial, Direitos Humanos e Mulher, também unificados no governo Bolsonaro. Previdência Social e Segurança Pública também devem ganhar status de ministério, além de Pesca (hoje anexada à Agricultura) e Cultura (que integra a estrutura do Turismo).
Além disso, Lula já prometeu
criar o ministério dos Povos Originários, "para que eles nunca mais sejam
desrespeitados, para que eles nunca mais sejam tratados como cidadãos de segunda
categoria". Finge acreditar nessa narrativa fajuta quem quer, pois nós
sabemos o que realmente está em jogo aqui.
Os nomes que começam a ser
aventados como futuros ministros denunciam a trama. Fala-se até em Guilherme
Boulos como ministro, e das Cidades ainda por cima! É a invasão de propriedade
como política de governo! O nome de João Pedro Stédile também circulou,
possivelmente como o bode na sala, para acharmos mais palatável nomes como o de
Fernando Haddad depois.
Mas todos os nomes levantados
como balão de ensaio são péssimos, e exalam o critério do
"companheirismo", ou seja, um prêmio pelo apoio, não uma escolha
minimamente técnica e com espírito público. É pura divisão do butim, nada mais.
No passado recente foi igual, e vários desses companheiros do alto escalão
terminaram presos. Acho pouco provável ser diferente dessa vez - se a Justiça
ainda puder funcionar de forma minimamente independente.
O PT é um atraso para o
Brasil, um retrocesso sem igual. O "partido" se cerca do que há de
pior, pois o único intuito é se apropriar da riqueza que os outros produzem.
São como piratas, mas com o manto de "justiça social" para enganar um
ou outro trouxa por aí.
Título e Texto: Rodrigo
Constantino, Gazeta
do Povo, 8-11-2022, 12h12
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-