Elisabete Tavares
O PÁGINA UM examinou os
últimos anos da TAP, analisando os relatórios e contas da companhia e
escalpelizando as operações efetuadas em torno da privatização, recompra e
posterior saída dos privados. O retrato que encontrou é de prejuízos acumulados
e uma avalanche de decisões que lesaram a posição do Estado. No global, desde a
privatização em 2015, a TAP custou ao erário público mais de 3.200 milhões de
euros. Em 10 anos, a empresa acumulou perdas de 3.254 milhões de euros.
A maioria dos prejuízos foi
contabilizada em 2020 e 2021. Este é um primeiro artigo de um dossier que o
PÁGINA UM vai publicar sobre a transportadora aérea. Muitas dúvidas subsistem
em torno da forma como a companhia tem sido gerida e sobre a responsabilidade
da tutela nas decisões. Para já, aguarda-se pela tomada de posse da comissão
parlamentar de inquérito à TAP, agendada para 22 de fevereiro, a qual poderá
trazer alguma luz sobre as questões que persistem.
Nas últimas semanas, a TAP
voltou a estar nas manchetes de jornais e debaixo dos holofotes dos media por
diversos motivos e nenhum deles abonatório. Entre as polémicas em redor da
companhia, estão, nomeadamente, indemnizações pagas a administradores e o
polémico caso da troca da frota envolvendo a Airbus.
O PÁGINA UM faz aqui um retrato da evolução da companhia ao longo dos últimos anos,
incluindo através de uma análise aos relatórios e contas da empresa e das
condições de privatização, reversão da venda e saída dos privados da TAP.
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