J.R. Guzzo
Entre todas as ideias fixas que comandam hoje suas palavras e suas ações na política brasileira, nenhuma parece deixar o presidente Lula tão agitado quando o “controle social dos meios de comunicação”. Virou, a essa altura, um tipo de obsessão. Sabe-se que quando Lula tem uma obsessão, o PT e a esquerda ficam automaticamente obcecados com a mesma coisa; eis porque se faz tanto barulho sobre algo que jamais fez parte, nem fará, das preocupações básicas do cidadão brasileiro.
O fato é que Lula, e a
multidão de bajuladores ao seu redor, não para de falar no seu precioso
“controle”. Ainda agora, mandou uma carta para uma reunião de caciques da ONU
dizendo, entre outras barbaridades, que as redes sociais são uma ameaça à
“democracia”.
Lula
propõe um mundo onde o governo vai fazer com que todos digam a verdade. É a
maior mentira de todas.
O surgimento da internet, pela primeira vez nos 10 mil anos de história da humanidade, permitiu a todos os seres humanos, sem exceção, manifestarem livremente suas opiniões e pensamentos; é uma conquista imensa para o homem e para os seus direitos. É um perigo, porém, para as ditaduras de todos os tipos – e por isso a comunicação através das redes sociais tornou-se um dos alvos principais da repressão das tiranias pelo mundo afora. Lula, desde a sua campanha eleitoral, se juntou a esse coro; quer, também ele, censura do governo sobre a internet.
Naturalmente, ele e a esquerda
mais grosseira, com o apoio de praticamente todo o aparelho judiciário, dizem
que não é isso. Ao contrário: aproveitando-se da fantasia, tão difundida e tão
inútil, segundo a qual “as leis” deveriam proibir que as pessoas dissessem
mentiras nas redes sociais, Lula propõe um mundo onde o governo vai fazer com
que todos digam a verdade. É a maior mentira de todas.
O “controle social” da mídia
vai apenas criar a censura no Brasil – um comitê de militantes do PT passará a
decidir o que é mentira e verdade, e isso quer dizer, na prática, que vai ser
proibido publicar o que o governo não quer seja publicado. Todo o resto é uma
trapaça monumental.
Lula gostaria de um Brasil
como o da campanha eleitoral – em que o TSE proibia dizer que ele foi condenado
pela Justiça como ladrão, ou que é admirador do ditador da Nicarágua e por aí
afora. Quer que tudo o que se diga contra ele seja carimbado como “discurso do
ódio – e cortado das redes. Seu “controle social” dos meios de comunicação é o
que se faz em Cuba, Venezuela, Nicarágua, para não falar de China e Coreia.
Não existe nenhuma democracia
no mundo que faça o que o Lula está querendo fazer no Brasil. Ele e o PT falam
que o direito de expressão vai ser garantido, dizem que “há leis” de controle
da internet em “outros países”, que estão defendendo a “democracia” dos seus
inimigos etc. etc. etc. Não há um átomo de sinceridade, nem de seriedade, em
nada disso. A única maneira efetiva de se defender a liberdade de opinião é não
fazer lei nenhuma a respeito do assunto; é por isso que as ditaduras têm todo o
tipo de regras para “ampliar a livre expressão” de ideias – e as pessoas não
têm nenhum direito de abrir a boca. O problema de Lula e da esquerda não tem
nada a ver com verdade ou mentira. O que eles não querem é a liberdade.
Título e Texto: J.R. Guzzo, Gazeta do Povo, 23-2-2023, 16h10
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