terça-feira, 25 de abril de 2023

[Livros & Leituras] A Arte da Guerra


Uma das obras mais penetrantes do pensamento ancestral chinês, A Arte da Guerra que data pro-vavelmente do Período dos Reinos Combatentes no século IV a.C. constitui não só um tratado de estratégia militar, mas igualmente uma lição de sabedoria, uma arte de viver e uma filosofia da existência. A sua atualidade mantém-se viva e os ensinamentos de Sun Tzu continuam a influenciar as estratégias de sucesso em todos os setores do mundo contemporâneo.

A presente tradução é o resultado da comparação das versões apresentadas nas línguas inglesa e francesa, em confronto com o próprio texto chinês.

O seu autor, Luís Serrão, é licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, e tem exercido atividades no domínio do ensino, da edição e da tradução. 

A Arte da Guerra: Mais do que estratégia militar

(…)

Subsistindo à passagem do tempo, A Arte da Guerra mantém-se atual não só pelos princípios basilares de estratégia militar que estabelece, mas também pelos ensinamentos de que dela podemos retirar. No meio da leitura, é frequentemente dar por nós a fazer paralelismos imediatos com situações correntes do dia a dia e que pouco têm que ver com guerra no sentido mais bélico da palavra.

O livro tem um total de 13 capítulos, onde se explora o processo bélico, desde a análise do terreno a qual a melhor tática. O objetivo inicial de Sun Tzu era tornar a guerra num processo rápido, do qual resultassem as menores perdas possíveis para a economia. A obra foi pioneira exatamente por associar as duas realidades, estabelecendo um pensamento estratégico modelo para generais e governantes.

Funcionando tanto para pequenos como para grandes conflitos, A Arte da Guerra pode ser considerado como um verdadeiro guia estratégico voltado para a formatação do pensamento em direção aos objetivos. Se pensarmos à luz dos dias que correm, o livro não é assim tão diferente de um manual de empreendedorismo ou de liderança. Superioridade numérica, força anímica e uso de informantes/espiões são alguns dos tópicos que Sun Tzu explorou.

Por último, há um ponto importante a salientar. Apesar de à primeira vista o poder parecer, A Arte da Guerra não é uma apologia ao conflito injustificado, nem tampouco à guerra pela guerra. Pelo contrário, a obra possui um lado pacifista que diz que o conflito é uma via que apenas devemos seguir em último caso. Se o fizermos, devemos premeditar todas as ações para que consigamos vencer. Acima de tudo, salienta, é preciso ter a consciência de que por mais arte que apliquemos, a guerra implica sempre enormes perdas tanto para vencedores como para vencidos.

Tiago Leão, Mundo de Livros, 31-8-2015 

A ARTE DA GUERRA | Os 13 Capítulos Imortais | Sun Tzu | Resumo Completo do Livro 

P. S.: 

Eu também não respeitarei esta Editora, doravante. 

Anteriores: 
La grande peur des bien-pensants 
Manuel de lutte contre la diabolisation 
[Livros & Leituras] Liberdade de Expressão – Uma breve introdução 
La guerre secrète contre les peuples 
Houellebecq/Onfray: La Rencontre 
Contra a Democracia 
[Livros & Leituras] Próximas leituras 
Crônica de África 
Descobrimentos e outras ideias politicamente incorretas 

2 comentários:

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-