ABJ
Sobre a guerra da Ucrânia, é
preciso insistir, ainda, que as mídias ocidentais, esmagadoramente controladas
pelos EUA (Rede Globo no Brasil, por exemplo), mentem de forma sistemática
sobre o que de fato ocorre na região.
Eles venderam a ideia de que
“a Ucrânia tem chances de vencer os russos”, ou que “os russos esperavam
derrotar a Ucrânia rapidamente”, o que não é verdade.
Os russos já deixaram claro
que eles não esperam que essa guerra termine antes de 2030 e possuem recursos o
suficiente para arrastar o conflito por muito mais se necessário for.
A Ucrânia já perdeu muitos
homens de seu exército, inclusive mercenários nazistas. As armas envidas pela
OTAN se mostram ineficientes, sendo a maioria destruídas pelos russos antes
mesmo de serem utilizadas.
Está chegando o momento em que
a Ucrânia ficará sem exército para combater. O envio em massa de poloneses,
canadenses e outros mercenários estrangeiros já ocorre desde o início do
conflito.
Se a OTAN quiser continuar com esse espetáculo de horrores, terá que enviar mais soldados e de forma aberta e declarada, escancarando a realidade que muitos insistem em negar: a guerra não é entre Rússia e Ucrânia, mas sim entre Rússia e OTAN, sob a liderança desastrosa dos EUA.
As mídias ocidentais também
escondem o caráter violento e ditatorial do governo Zelensky, que promove
perseguição violenta à oposição de trabalhadores e movimentos que defendem o
fim do conflito, pois sabem que é impossível para a Ucrânia vencer a Rússia.
Essa insistência da OTAN em
financiar o conflito e a ditadura de Zelensky, custou milhares de vidas
inocentes. Essa é a verdadeira face da guerra na Ucrânia.
Os russos continuam sua
empreitada em defesa de sua soberania e integridade territorial, ameaçada pela
expansão da OTAN. E estão corretos. Ao fim, a Ucrânia se tornará uma cratera
inabitável, um Estado falido sem perspectiva de futuro.
Essa já é uma realidade, mas
que somente será compreendida quando o conflito terminar. A continuidade do
conflito esconde o fracasso da OTAN e dos EUA em sua tentativa de
desestabilizar a Rússia. Até quando essa farsa vai durar? Veremos o quanto mais
o Ocidente liberal está disposto a gastar por sua causa perdida.
Sobre
o documentário “Ukraine on Fire – 2016”
Este é um documentário
dirigido por Igor Lopatonok e produzido por Oliver Stone. Apresenta uma grande
retrospectiva histórica sobre a situação da Ucrânia desde o Tratado de
Brest-Litovsk , a incorporação da Ucrânia Ocidental à URSS , a Grande Guerra
Patriótica e o colaboracionismo nazista ucraniano na Segunda Guerra Mundial.
A retrospectiva é seguida
pelas entrevistas de Oliver Stone com Viktor Yanukovych e Vladimir Putin, nas
quais eles explicam a situação em 2013 em relação ao acordo comercial com a
União Europeia e por que as negociações foram interrompidas.
O ex-ministro do Interior
ucraniano, Vitaly Zakharchenko, acrescenta que havia informações de que
protestos já estavam preparados para 2015 e que foram antecipados pela oposição
devido à situação atual com o acordo da UE. Os protestos inicialmente pacíficos
foram apoiados por organizações não governamentais (ONGs).
O movimento de protesto no
Maidan também recebeu apoio de Mustafa Nayyem, um veterano da mídia,
principalmente por meio de resdes socais, como Facebook, em 2013. Naquela
época, três canais de TV foram estabelecidos com foco na cobertura do Maidan:
SPILNO.TV, hromadske.tv e Espreso TV.
Nos primeiros dias, os
protestos foram pacíficos, embora o documentário afirme que elementos radicais
já estavam aparecendo. Em 24 de novembro, o nível de agressão começou a
aumentar com a invasão de um prédio do governo por “manifestantes”.
Em 30 de novembro, um despejo
violento do Maidan foi realizado pela polícia, presumivelmente por ordem de
Oleksandr Popov e Serhiy Lyovochkin. O documentário também afirma que do lado
dos “manifestantes”, havia jovens preparados que estavam prontos para usar a
violência e provocar a tropa de choque com pedras e sinalizadores.
Entre eles estavam terroristas
de extrema direita que, segundo Richard Parry, foram levados a Kiev no Maidan
para “muscular” as manifestações pacíficas, que se tornaram cada vez mais
violentas, culminando no golpe de Estado em 2014.
As táticas de manifestantes
utilizadas na tentativa de golpe no Brasil, em 8 de janeiro de 2023, possuem
muitas semelhanças com o que ocorreu na Ucrânia em 2014. Não foi uma “revolução
popular” como defendem muitos trotskistas alinhados com o imperialismo
ocidental.
Foi um golpe orquestrado
contra um governo eleito pelo voto popular. O documentário ajuda a compreender
os motivos que levaram a guerra e porque a Ucrânia não é um país que goza de
soberania nacional, é antidemocrático e dominado por milícias nazistas.
(Caetano de Hollanda III)
Título e Texto: ABJ – Associação Brasileira dos Jornalistas, 7-5-2023
Nota do Editor: O vídeo “A
Ucrânia em Chamas - Documentário sobre a Revolução Colorida e a Guerra na
Crimeia” foi traduzido por Tradutores Contra a Nova Direita, em 4 de setembro de 2017.
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