terça-feira, 9 de maio de 2023

Guerra da Ucrânia: as mídias ocidentais, mentem de forma sistemática


ABJ

Sobre a guerra da Ucrânia, é preciso insistir, ainda, que as mídias ocidentais, esmagadoramente controladas pelos EUA (Rede Globo no Brasil, por exemplo), mentem de forma sistemática sobre o que de fato ocorre na região.

Eles venderam a ideia de que “a Ucrânia tem chances de vencer os russos”, ou que “os russos esperavam derrotar a Ucrânia rapidamente”, o que não é verdade.

Os russos já deixaram claro que eles não esperam que essa guerra termine antes de 2030 e possuem recursos o suficiente para arrastar o conflito por muito mais se necessário for.

A Ucrânia já perdeu muitos homens de seu exército, inclusive mercenários nazistas. As armas envidas pela OTAN se mostram ineficientes, sendo a maioria destruídas pelos russos antes mesmo de serem utilizadas.

Está chegando o momento em que a Ucrânia ficará sem exército para combater. O envio em massa de poloneses, canadenses e outros mercenários estrangeiros já ocorre desde o início do conflito.

Se a OTAN quiser continuar com esse espetáculo de horrores, terá que enviar mais soldados e de forma aberta e declarada, escancarando a realidade que muitos insistem em negar: a guerra não é entre Rússia e Ucrânia, mas sim entre Rússia e OTAN, sob a liderança desastrosa dos EUA.

As mídias ocidentais também escondem o caráter violento e ditatorial do governo Zelensky, que promove perseguição violenta à oposição de trabalhadores e movimentos que defendem o fim do conflito, pois sabem que é impossível para a Ucrânia vencer a Rússia.

Essa insistência da OTAN em financiar o conflito e a ditadura de Zelensky, custou milhares de vidas inocentes. Essa é a verdadeira face da guerra na Ucrânia.

Os russos continuam sua empreitada em defesa de sua soberania e integridade territorial, ameaçada pela expansão da OTAN. E estão corretos. Ao fim, a Ucrânia se tornará uma cratera inabitável, um Estado falido sem perspectiva de futuro.

Essa já é uma realidade, mas que somente será compreendida quando o conflito terminar. A continuidade do conflito esconde o fracasso da OTAN e dos EUA em sua tentativa de desestabilizar a Rússia. Até quando essa farsa vai durar? Veremos o quanto mais o Ocidente liberal está disposto a gastar por sua causa perdida.

Sobre o documentário “Ukraine on Fire – 2016”

Este é um documentário dirigido por Igor Lopatonok e produzido por Oliver Stone. Apresenta uma grande retrospectiva histórica sobre a situação da Ucrânia desde o Tratado de Brest-Litovsk , a incorporação da Ucrânia Ocidental à URSS , a Grande Guerra Patriótica e o colaboracionismo nazista ucraniano na Segunda Guerra Mundial.

A retrospectiva é seguida pelas entrevistas de Oliver Stone com Viktor Yanukovych e Vladimir Putin, nas quais eles explicam a situação em 2013 em relação ao acordo comercial com a União Europeia e por que as negociações foram interrompidas.

O ex-ministro do Interior ucraniano, Vitaly Zakharchenko, acrescenta que havia informações de que protestos já estavam preparados para 2015 e que foram antecipados pela oposição devido à situação atual com o acordo da UE. Os protestos inicialmente pacíficos foram apoiados por organizações não governamentais (ONGs).

O movimento de protesto no Maidan também recebeu apoio de Mustafa Nayyem, um veterano da mídia, principalmente por meio de resdes socais, como Facebook, em 2013. Naquela época, três canais de TV foram estabelecidos com foco na cobertura do Maidan: SPILNO.TV, hromadske.tv e Espreso TV.

Nos primeiros dias, os protestos foram pacíficos, embora o documentário afirme que elementos radicais já estavam aparecendo. Em 24 de novembro, o nível de agressão começou a aumentar com a invasão de um prédio do governo por “manifestantes”.

Em 30 de novembro, um despejo violento do Maidan foi realizado pela polícia, presumivelmente por ordem de Oleksandr Popov e Serhiy Lyovochkin. O documentário também afirma que do lado dos “manifestantes”, havia jovens preparados que estavam prontos para usar a violência e provocar a tropa de choque com pedras e sinalizadores.

Entre eles estavam terroristas de extrema direita que, segundo Richard Parry, foram levados a Kiev no Maidan para “muscular” as manifestações pacíficas, que se tornaram cada vez mais violentas, culminando no golpe de Estado em 2014.

As táticas de manifestantes utilizadas na tentativa de golpe no Brasil, em 8 de janeiro de 2023, possuem muitas semelhanças com o que ocorreu na Ucrânia em 2014. Não foi uma “revolução popular” como defendem muitos trotskistas alinhados com o imperialismo ocidental.

Foi um golpe orquestrado contra um governo eleito pelo voto popular. O documentário ajuda a compreender os motivos que levaram a guerra e porque a Ucrânia não é um país que goza de soberania nacional, é antidemocrático e dominado por milícias nazistas.

(Caetano de Hollanda III)

ACESSE AQUI »

Título e Texto: ABJAssociação Brasileira dos Jornalistas, 7-5-2023

Nota do Editor: O vídeo “A Ucrânia em Chamas - Documentário sobre a Revolução Colorida e a Guerra na Crimeia” foi traduzido por Tradutores Contra a Nova Direita, em 4 de setembro de 2017.

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