domingo, 28 de maio de 2023

Esquerda aprova ‘calabouço fiscal’, que pode arruinar o país com o apoio da direita burra e vendida

Geringonça econômica permite que o PT promova a gastança generalizada do dinheiro do trabalhador

Adrilles Jorge

Você sabe o que diabos é este famigerado arcabouço fiscal que o governo petista aprovou e que provavelmente vai arruinar o país? É simples de explicar, ao contrário do que dizem alguns economistas. Uma dona de casa sabe que não pode gastar mais do que a casa ganha, certo? Senão ela se endivida, atrasa o aluguel, o supermercado… Senão os credores vão atrás dela, as contas ficam no vermelho, os credores vêm atrás, os juros de suas dívidas vão aumentando, as contas ficam no vermelho. E para pagar os custos dos filhos, da casa, da água, da luz, do mercado, ela contrai mais dívidas, mas como fica com fama de má pagadora, ninguém quer dar mais dinheiro pra esta mulher. Bem simples e trágico. 

Foto: Ricardo Stuckert

Assim, da mesmíssima forma, ocorre com um governo de Estado. Só que piorado: um governo não faz dinheiro. Recebe dinheiro do contribuinte, leia-se, do pagador te impostos, do dinheiro que você produz, dileto leitor trabalhador brasileiro. É você quem sustenta o Estado brasileiro. Daí, com a aprovação da gastança generalizada deste arcabouço fiscal, o governo pega o seu dinheiro e promove gastança generalizada com pagamento de 37 ministérios e inúmeros funcionários públicos, aumentando imposto de empresário, desestimulando o empresário a gerar emprego e trabalho — porque é obrigado a pagar três vezes o salário do empregado ao Estado. Empresário aqui digo o dono de boteco, o dono de padaria, de mercado de esquina, o médio e micro empreendedor que é eternamente demonizado por todo governo de esquerda do Brasil e do mundo. Empresário é justamente quem alimenta o mercado de trabalho, e o Estado que o sacaneia sugando seu dinheiro até o osso — a ponto de o empresário desanimar de vez de empreender e deixar justamente de gerar o emprego que o povo precisa. 

Parece burrice de um governo de esquerda que faz assim? Não, é método: sufocando o empreendedorismo de uma nação, arrancando dinheiro de imposto até o talo de empresários e de todo mundo, o governo cria um cinturão de pobreza assistida que ele abastece com alguma bolsa esmola da vida. Assim, o sujeito, desempregado ou subempregado, ganhando mixaria, assistido pelo governo, vira eleitor cativo justamente deste governo esquerdista que impediu sua ascensão econômica e social que poderia ter através do trabalho gerado pelo micro e médio empreendedorismo — que o governo esquerdista destruiu, compreende? Ficam só uma meia dúzia de empresas imensas amigas do governo dando poucos empregos, e o resto do país pagando imposto escorchante ou recebendo bolsa miséria do governo parasita. Não basta: com as contas no vermelho, os investidores internacionais somem do país com medo de receber calote, assim como os credores de uma dona de casa endividada. E, ainda assim, o governo esquerdista que promoveu esta ruína ganha várias eleições seguidas por causa do imenso cinturão de pobreza que ele abastece com esmola e que lhe retribui com voto cativo. É trágico. É método diabólico. É esquerda. 

Pois bem. Pois mal. Aprovaram o arcabouço fiscal, uma geringonça econômica que permite que o governo do PT promova a gastança generalizada do dinheiro do trabalhador, arrebente as contas do país, destrua o empreendedorismo e jogue o país num abismo, sem que o próprio governo tenha o mínimo de responsabilização legal por isso. Pior: esta desgraça deste calabouço fiscal que prende o crescimento econômico, a geração de emprego, e solta os gastos de dinheiro público ao infinito, foi aprovado com votos de dezenas de deputados da chamada direita brasileira. Sim, aquela que você, dileto leitor, votou achando que faria uma ferrenha oposição ao governo lulopetista. Na verdade, fazem é a tradição da defesa parlamentar de seus próprios interesses egóicos. O país, os princípios, a ideologia, as convicções? Planos estratégicos de eleição. Depois contam com o esquecimento do eleitor, que, movido pela rejeição a este mesmo lulopetismo, possa novamente abençoar estes mesmos deputados que de maneira singularíssima abençoaram e sacramentaram este nefasto calabouço fiscal que prende o progresso do país. 

Por que diabos esses deputados votaram nessa estrovenga diabólica? A resposta é muito simples: dinheiro. E nem é dinheiro ilícito, sujo, em forma de propina, como era à época do Mensalão e do Petrolão, em que partidos inteiros recebiam propina desviada dos cofres públicos para votar com o governo petista. É dinheiro de emendas parlamentares. A emenda funciona assim: o deputado recebe uma bolada para investir na região determinada que o elegeu, em geral. Com isso, o deputado ajuda a fazer um posto médico, dá uma ambulância, uma escola para aquela região. Isso caso não haja desvio de recurso, claro… Com isso, o deputado ajuda a garantir sua reeleição. Mas, com a aprovação deste calabouço fiscal, o deputado-de-direita ajuda a arruinar as contas do país e arruína a possibilidade de emprego do trabalhador a médio prazo. Em suma, ou é por burrice ou por consciência vendida que um deputado vota numa desgraça destas. Nas duas hipóteses, um deputado deste, eleito com voto de conservadores e liberais de direita ou mesmo de antipetistas, jamais deveria ter sido eleito. 

Foram R$ 9 bilhões distribuídos em emendas parlamentares. Para a compra de vendido ou a compra de idiota. E agora, com o calabouço fiscal, será muito mais. O governo terá salvo conduto — sem precisar usar de Mensalões — para poder despejar emendas, comprar voto e aprovar pautas caras à esquerda, como a liberação de aborto, a liberação de drogas, a adoção de ideologia de gênero nas escolas e outras barbaridades mais, além, claro, de irrigar o Estado inchado de 37 ministérios de seus apaniguados. Daí você pergunta: cadê os líderes da direita, para berrarem contra este estropício da gastança? Bolsonaro, Tarcísio, Zema, Valdemar, todos eles fizeram ouvidos moucos à tragédia. A explicação é que o arcabouço teria sido “melhorado” pelos gatilhos colocados aqui e acolá por partidos. Ora, nhaca, se havia um teto de gastos que já limitava os gastos públicos ao limite da arrecadação, por que diabos aceitar calmamente um projeto muito pior do que estava aí? Estas mesmas lideranças que não querem fazer “uma oposição truculenta” ao governo petista vão amargar, em seus Estados, os malefícios deste calabouço fiscal aprovado. A não ser que também calculem viver dos votos dos pobres assistidos, como fazem os governos esquerdistas. Mas daí então não merecem ser chamados de direita brasileira… 

É assustador a entropia em que o Brasil está. Destruição de liberdades, ruína da economia, e a oposição falando em oposição responsável — votando com um governo que quer criminalizar a oposição e arruinar as contas públicas e a vida do trabalhador brasileiro. A impressão que fica é que, para melhorar, as coisas terão de piorar ainda mais. Mais prisões, mais perseguição, cassação de políticos, censura e multa de influenciadores não bastam. Paradoxalmente, só a ruína econômica do Brasil salva o Brasil pelo chacoalho na consciência daqueles que votaram num governo de esquerda que os arruinaram ou numa falsa direita que os enganaram. Ainda assim, há que se torcer para o cinturão de pobreza assistida não reeleger o governo tirano que os colocou na pobreza por causa de um salsichão ou marmita que oferecem de esmola àqueles que os arruinaram.

Título e Texto: Adrilles Jorge, Revista Oeste, 28-5-2023, 8h50  

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