Luís Naves
Uma comissão da Câmara dos Representantes dos EUA dominada pelos republicanos publicou um relatório sobre as ligações de negócios de Joe Biden a interesses estrangeiros e calculou que membros da família do então vice-presidente, nomeadamente o filho Hunter Biden, beneficiaram de pagamentos de 10 milhões de dólares, de empresas da Roménia, Ucrânia e China. Estas ligações eram conhecidas, mas não se sabia a dimensão do esquema, que nunca foi comunicado às autoridades, como era obrigatório.
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Imagem: Night Café (IA) |
Na Fox News comentou-se o assunto, houve quem falasse em "traição". No New York Times, a notícia foi empurrada para uma página menor, com um título que era desmentido pelo conteúdo, segundo o qual a comissão não encontrara nenhuma prova de crime. Pelo contrário, Biden mentiu sobre as ligações do filho a interesses chineses e algumas das empresas que fizeram pagamentos (sem aparente motivo) tinham relações criminosas. A campanha de Biden tentou esconder estes temas duvidosos.
Não há explicação para a
intensidade com que os meios de comunicação sustentam narrativas obviamente
falsas ou omitem informação relevante. Os exemplos são diários. O que leva a
Imprensa de países democráticos a abdicar com tanta facilidade do seu
cepticismo? É difícil responder a esta pergunta. O mundo saiu dos carris e isso
representa um perigo para todos os interesses instalados. A comunicação social
mudou e está a emigrar para as redes sociais, sobretudo para o twitter. Há aqui
uma dose de velha luta de classes e outra de conflito pós-moderno, com os
drones da nova linguagem a cancelar a dissidência, sem que isso pareça censura.
Mas este caso deixa qualquer pessoa perplexa. Até que ponto os conflitos
contemporâneos têm explicações mais sinistras?
Título e Texto: Luís Naves,
Delito de Opinião, 11-5-2023
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