Paulo Hasse Paixão
Por isso, e porque alguém tem
que substituir Tucker Carlson enquanto ele não voltar ao ativo, vamos ter mais Megyn
Kelly no ContraCultura.
Neste episódio, a ex-âncora da
Fox News (Megyn e Tucker, além de serem amigos, foram as duas principais
estrelas do canal noticioso na última década e têm em comum a forma terrível
como foram tratados pelos executivos dirigentes da estação), diz tudo o que é
preciso dizer sobre a infame campanha de difamação que a estação dos Murdoch
está a tentar conduzir para denegrir Tucker Carlson e que só resulta,
ironicamente, no fortalecimento da sua imagem e na rejeição do canal por parte
dos públicos conservadores. E por uma simples razão: os clips de vídeo que
estão a ser utilizados como bombas escandalosas sobre o comportamento de
Tucker, constituídos basicamente por momentos em que o pivot está em estúdio
antes ou depois de entrar em direto, não só não constituem nada de escandaloso
como revelam um homem educado (palavrões à parte), honesto, bem-humorado e
lúcido.
A outra suposta bomba é este sms que Tucker enviou a um dos seus produtores executivos:
Este sms, para além de não ter sido escrito para cair no domínio público, é de uma honestidade incrível e revela um homem de consciência. Tucker Carlson não vai perder um só dos seus seguidores por causa disto. O New York Times (quem mais poderia ser?) está a usar a expressão “That’s not how white men fight” (“Não é assim que os homens brancos lutam) para apresentar o seu inimigo de estimação como um racista dos sete costados. Mas se um negro, por exemplo membro do movimento Black Lives Matter, afirmasse, em circunstância simetricamente inversa, que não é assim que os homens negros lutam, ninguém falaria de racismo por certo. E é verdade objetiva que não vemos com frequência, na atualidade, turbas de homens brancos a espancarem indivíduos isolados. O contrário porém já não é assim tão verdadeiro.
De qualquer forma, a
estratégia de maus fígados parece estar a virar-se contra os Murdoch: desde que
Tucker foi despedido, a Fox News perdeu metade, sim, metade da sua audiência de horário nobre. Outrora a
líder destacada dos canais noticiosos, a estação vê-se agora aflita para
competir com a MSNBC e a CNN.
Apocalipse total.
Depois do mónologo dedicado a
Carlson, Megyn conversa com JamesO’Keefe, ex-CEO do ProjectVeritas (também ele expulso da organização que fundou por ter
incomodado os poderes instituídos nos EUA) e actual dirigente do O’Keefe Media Group,
para discutir a ética da divulgação de mensagens de texto privadas, os prós e
os contras do incentivo capitalista nos meios de comunicação social, o que
realmente aconteceu no Project Veritas que levou à sua recente expulsão, a sua
reportagem exclusiva sobre o que está a acontecer dentro das prisões femininas
com reclusos do sexo masculino que afirmam ser trans-sexuais, o seu confronto
com Dylan Mulvaney e a ética do jornalismo de emboscada, e o fiasco woke da
cerveja Bud Light. No último segmento do programa, o histórico senador do
Partido Republicano Mike Lee, do Utah, junta-se a Megyn para falar de novos
pormenores bombásticos sobre a identidade de um informador do Supremo Tribunal,
e da hipocrisia de dual critério do Departamento de Justiça de Biden na proteção
dos juízes do Supremo Tribunal, no contexto dos ataques incessantes ao juiz
conservador Clarence Thomas.
Um podcast de hora e meia, que
é representativo do melhor que podemos encontrar neste formato.
Título e Texto: Paulo Hasse
Paixão, ContraCultura,
8-5-2023
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