Rodrigo Constantino
A PF realizou uma operação na
manhã desta quarta (3) para investigar a inserção de dados falsos sobre
vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. O
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi um dos alvos. A PF cumpriu um mandado de
busca na casa dele e apreendeu o celular do ex-presidente. Na mesma operação,
batizada de "Venire", o ex-assessor de Bolsonaro Mauro Cid foi preso.
Bolsonaro já disse que não se
vacinou, e não precisava de cartão de vacina para entrar nos Estados Unidos
como chefe de Estado. Tudo isso é muito estranho, claro, mas ninguém à esta
altura deveria analisar o Brasil dentro de uma lente de normalidade institucional.
O Brasil é um país que solta traficantes e devolve seus bens, incluindo
helicóptero, inocenta Lula e Sergio Cabral de seus crimes de corrupção, mas
prende o ex-assessor direto de Bolsonaro por uma suposta falsificação no cartão
de vacina.
E nas redes sociais e na velha
imprensa, muitos "jornalistas" comemoram. Alguns mencionam que Mauro
Cid tem cara de quem, sob pressão, revelaria "tudo", ou seja,
aplaudem o arbítrio para ver se encontram qualquer coisa concreta contra o ex-presidente,
o que falhou até aqui. São esses os instrumentos de uma ditadura.
Nenhuma tirania foi implantada sem a conivência dos "moderados" que desejavam algum interesse imediato. Achar normal uma operação dessas num país que não tem mais qualquer preso da operação Lava Jato e tem Lula presidente após malabarismos é uma piada de mau gosto. Os bandidos venceram, eis o fato. Perdeu, mané.
E eis que, num passe de mágica
do Xande, cujo inquérito é elástico ao infinito para caber absolutamente tudo,
o assunto no país passou a ser o cartão de vacinação do Bolsonaro, e não o
adiamento por medo da derrota do PL da Censura pela esquerda comunista global.
Cortina de fumaça encomendada? Tem toda pinta.
E "fishing", claro.
Com o telefone de Bolsonaro em mãos, a Gestapo do Supremo pode tentar encontrar
alguma coisa qualquer. A esquerda já bate bumbo nas redes sociais, pois
precisava só de narrativas e pretextos, e já pularam a fase do "inocente
até prova em contrário" e "devido processo legal".
Terminei ontem de assistir
"O Irlandês", de Scorcese, sobre a máfia italiana nas décadas de
60-70 e a figura marcante de Jimmy Hoffa, o líder sindical. É bom lembrar como
máfias, sindicais ou italianas, agem. São marginais da pior espécie. O quanto
antes nos dermos conta de que não estamos lidando com uma situação normal no
Brasil, mas sim com máfias poderosas, melhor será para a adaptação necessária.
Nada pior do que a falsa esperança, a ilusão sem embasamento na realidade.
O sistema podre e carcomido se
uniu aos comunistas para eliminar a direita verdadeira do mapa, e não vai
sossegar até realizar seu objetivo. Nada disso foi sem aviso, sem alerta de
quem acompanhou com atenção cada etapa. No dia em que um ex-governador mafioso
do Rio tem suas condenações apagadas por "suspeição" do juiz,
Bolsonaro recebe a PF em sua casa, tem celular apreendido e seu ex-braço
direito preso. Por um cartão de vacina! E a imprensa finge que está tudo normal
no país. A velha imprensa estaria no bolso da máfia?
Título e Texto: Rodrigo
Constantino, Gazeta do Povo, 3-5-2023, 12h49
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