sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Medo

Marco Angeli

Do alto de uma das onze cadeiras dos supremos, envolto em sua imponente capa negra, símbolo do poder máximo, o então arrogante Luís Roberto Barroso – aquele do 'nós derrotamos o Bolsonarismo' – agora imbuído de conveniente 'bom senso', fala em justiça e incompreensão. 


Afirma, mansamente, que não existe censura em seu país, desmemoriado, se esquecendo das dezenas de veículos fechados, como o Terça Livre, de Allan dos Santos, ou da coação a veículos como a Jovem Pan, forçada a mudar a linha editoral e se calar exatamente pela entidade que representa, o Supremo Tribunal Federal.

Igualmente sem memória, afirma não haver perseguição politica no Brasil, quando existem centenas de presos políticos em cadeias, encarcerados em processos ilegais e forjados -ou exilados compulsoriamente.

Casos de Oswaldo Eustáquio, Filipe Martins, Carla Zambelli, Daniel Silveira, Ludmilla Lins Grilo, Eduardo Bolsonaro e até o ex-presidente Jair Bolsonaro.

E muitos outros, fora da mídia.

Acerta quando fala em 'incompreensão', mas ao avesso.

Deveria se referir à própria incompreensão – e à de seus pares – quanto à realidade óbvia: a de que o STF desde 2018 é um poder político, militante e partidário, que abandonou a prática jurídica há muito para se dedicar a manter uma estrutura de poder que assola e destrói o Brasil há décadas.

A fala mansa não convence ninguém.

Não esconde, agora, o medo de pagar pelas suas ações, punição que vem pelas sanções impostas pelos EUA. 

FEAR

From the height of one of the eleven supreme court chairs, draped in his imposing black cape, a symbol of ultimate power, the once-arrogant Luis Roberto Barroso—the man who said "we defeated Bolsonarism"—now imbued with convenient "common sense," speaks of justice and incomprehension.

He meekly asserts that there is no censorship in his country, forgetful, forgetting the dozens of closed outlets, like Allan dos Santos's Terça Livre, or the coercion of outlets like Jovem Pan, forced to change their editorial line and remain silent precisely by the entity he represents, the Supreme Federal Court.

Equally forgetful, he asserts that there is no political persecution in Brazil, when there are hundreds of political prisoners in jails, incarcerated in illegal and fabricated trials—or forcibly exiled.

The cases of Oswaldo Eustáquio, Filipe Martins, Carla Zambelli, Daniel Silveira, Ludmilla Lins Grilo, Eduardo Bolsonaro, and even former President Jair Bolsonaro.

And many others, outside the media.

He's right when he talks about 'lack of understanding,' but in reverse.

He should be referring to his own lack of understanding—and that of his peers—regarding the obvious reality: that the Supreme Court, since 2018, has been a political, militant, and partisan power, which abandoned legal practice long ago to dedicate itself to maintaining a power structure that has ravaged and destroyed Brazil for decades.

Soft talk convinces no one.

He doesn't hide, now, the fear of paying for his actions, punishment that comes from sanctions imposed by the US.

Título, Texto e Vídeo: Marco Angeli, X, 18-9-2025, 19h32 

Um comentário:

  1. Juiz Alberto Carrancoso, perdão "Barrancoso" (foto acima) em sua fala, no pardieiro STF (Superarei Todos os Famigerados).
    - Eu tenho a Forrrrrrrrrrrrça, o Poderrrrrrrrrrrrrrrrrrr, eu mando, desmando, tenho onze cadeiras e pretendo, quando me aposentar, levar todas essas cadeiras lá pra casa. Cada dia vou me sentar numa diferente e dar canetadas. Antes que me esqueça. Vou determinar de vez o fechamento da Jovem Pan, vou Interditar a Globo, e na sequência, intimar o Silvio Santos e proibir que a emissora dele, o SBT (Sábado Baterei no Trotrotroglodita) e deterrrrrrrrrrminarei que pare de mandarrrrrrrrrrrrrrrr para o arrrrrrrrrrrrrrrrr programas chatos e novelas enlatadas. De roldão vou intimar também o Willian Bonderrrrrrrrrrrrrrrrr para que não faça aquela cara de "coitadinho mimado" quando sentar na buncada, perdão, na bencada do Jornal Nacional. Eu sou o He Man, eu tenho a forcaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, não, a forçaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...
    Aparecido Raimundo de Souza, de Vila Velha no Espírito Santo.

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