Na 13ª colocação com 42 pontos, Vasco da Gama já começa a enxergar a zona de rebaixamento e vai em busca de pontuação nas últimas rodadas
Altair Alves
A reta final de Brasileirão parecia trazer um oceano de águas tranquilas para o Vasco navegar na busca por uma vaga na Libertadores, mas rapidamente virou uma tormenta que vai se prolongando pelos últimos cinco jogos. Este é o número de derrotas seguidas, a última para o Bahia por 1 a 0, na tarde de ontem, na Fonte Nova. Em um roteiro que incluiu expulsões e um amplo domínio do time da casa, Erick Pulga fez o único gol.
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| Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia |
O momento do cruzmaltino é
desanimador, tendo estacionado nos 42 pontos, caído para o 13º lugar e marcado
apenas um gol e sofrido 11 nestas últimas cinco partidas. Em novembro, a equipe
de Fernando Diniz não conhece as vitórias, o que aconteceu pela última vez no
dia 26 do mês passado, no 3 a 0 contra o Bragantino. Aquela era a melhor fase
do clube em muito tempo — chegou a ter apenas uma derrota em 12 jogos —, mas
ela desapareceu.
O principal objetivo era
deixar a equipe assegurada na Série A e chegar em boa forma para disputar as
semifinais da Copa do Brasil, contra o Fluminense. O bom desempenho levou até a
se cogitar uma classificação para a Libertadores via Brasileiro, mas esta já é
uma realidade distante. O tricolor carioca, primeiro time do G7, está com 55
pontos e é inalcançável faltando três rodadas. E se o rival ou o Cruzeiro
vencerem o mata-mata nacional e abrirem o G8, o atual oitavo é o São Paulo, que
bateu o Juventude e chegou a 48 pontos.
Além disso, o Vasco ainda vê a
zona de rebaixamento no retrovisor. Após vencer o Sport, o Vitória chegou a 39
pontos, deixou o Z4 e empurrou o Santos para 17º, com 37 — os paulistas visitam
hoje o Internacional. Esta é a quarta participação seguida na Série A — 2020,
2023, 2024 e 2025 — em que o cruzmaltino chega a três rodadas do fim do
campeonato sem estar livre da ameaça de queda.
— Estávamos em sétimo lugar e podíamos ter avançado mais. Mas hoje a realidade é essa. A torcida está certa em fazer contas (para não cair). Precisamos ganhar jogos — admitiu o técnico Fernando Diniz na coletiva após a partida de ontem.
Saudades de Coutinho
Em Salvador, o time esteve
longe de competir e ainda assistiu a uma tarde de alto nível de Everton Ribeiro
do outro lado. O camisa 10 dominou o adversário e conduziu as ações no
meio-campo, servindo um lindo passe para Santi Arias, que não conseguiu marcar.
Também no primeiro tempo, Ademir parou em Léo Jardim.
Enquanto o Bahia era senhor do
jogo, o Vasco sofreu muito para tramar jogadas, principalmente por conta da
ausência do suspenso Philippe Coutinho. Matheus França assumiu seu lugar no
meio, mas fez uma partida muito ruim, tanto que saiu no intervalo. Mas David,
que entrou em seu lugar, fez ainda pior.
Na marca dos 22, o atacante
solou o zagueiro Kanu em uma jogada ofensiva na grande área e foi expulso
direto. Diniz sacou Nuno Moreira e colocou Lucas Freitas na mesma hora, mas nem
o reforço na retaguarda ajudou a resguardar o placar. Cinco minutos depois,
Ademir cruzou pela direita e Erick Pulga surgiu na segunda trave, às costas de
Robert Renan, para marcar de cabeça.
Se houve algum indício de
reação na reta final, foi porque Ramos Mingo acabou expulso de maneira estranha
na marca dos 39: o zagueiro retardou sua substituição e levou o segundo cartão
amarelo — o árbitro Jefferson Ferreira de Moraes chegou a esquecer que ele já
tinha sido punido antes. Com dez contra dez, o Vasco fez pressão, mas não
escapou da derrota.
— O jogo de hoje não foi igual
à derrota para o Grêmio (por 2 a 0, na última quarta-feira). Hoje, o aspecto
anímico melhorou. Marcamos melhor, mas tivemos dificuldade de criar. Faltou
coragem para fazer as coisas no último terço e construir finalizações —
analisou Diniz. — A expulsão acabou determinando o resultado do jogo. Tomamos
gol, de novo, em uma falha que não devíamos cometer. Isso também tem sido uma
constante nos últimos jogos: nós entregando mais gols do que os adversários
construindo. Precisamos saber juntar e evoluir — disse Diniz.
O resultado foi bom para o
Bahia, que chegou a 56 pontos e voltou para o sexto lugar. Por enquanto, vai
conseguindo uma vaga na Pré-Libertadores. Nas últimas três rodadas, encara
Juventude (fora), Sport (casa) e Fluminense (fora).
Para o Vasco, será preciso
pontuar urgentemente na próxima rodada, contra o Internacional. O jogo é em São
Januário, às 19h30 da sexta. Depois, a equipe fecha sua participação contra
Mirassol (casa) e Atlético-MG (fora).
Fonte: O Globo
Título e Texto: Altair
Alves, Vasco Notícias, 24-11-2025
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Não entendo de futebol, se entendesse, diria que o Técnico já deu o pouco que tinha para dar; e ser um bom jogador não é igual a ser um bom presidente (gestor), muito antes pelo contrário, como visto está.
ResponderExcluirDiniz vive sequência negativa pior que o fez ser demitido do Fluminense
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