domingo, 19 de julho de 2015

Execrável

Rui A.
Foto: Marko Djurica/Reuters
Este indivíduo da foto ao lado foi, durante os últimos cinco meses, o responsável pelas finanças da Grécia e não só não resolveu (que se saiba) um único problema do seu país, como o deixou à beira do abismo, com bancos fechados, falta de liquidez nos cofres públicos para pagar seja o que for e uma deserção ímpar dos capitais privados, com os cidadãos gregos alarmados com a situação para a qual o seu governo estava a levar o país.

Vaidoso, insolente, convencido da sua imensa genialidade, sempre ostentando um sorriso entre o imbecil e o cabotino, duas extremidades muito próximas, como se sabe, este cavalheiro precipitou o seu partido, o seu governo e o povo grego para uma estratégia irresponsável de confronto com os países da Zona Euro e da União Europeia, a quem o país devia dinheiro – muito dinheiro – e de quem pretendia muito mais, procurando impor as suas regras e condições, sem qualquer disposição para negociar.

Quando, ao fim de cinco meses de ter andado a brincar com quem não devia, foi confrontado com um «deadline» e a obrigação de ser claro e dar uma resposta conclusiva, acobardou-se e escondeu-se atrás do povo grego, a quem tratou de mentir e instrumentalizar, prometendo-lhe o que sabia não poder garantir, e empurrando-o para um referendo irresponsável – que poderia ter custado caríssimo, não fosse haver gente adulta do outro lado da mesa -, tendo dado a garantia de que a vitória do «não» seria suficiente para reverter as condições que os credores exigiam ao governo.

Na manhã seguinte, depois de ter conseguido o resultado que pretendia, demitiu-se para não ter que enfrentar a dura realidade das coisas. Deixou esse sujo trabalho ao seu ex-colega Tsipras, de quem anda agora a dizer mal pela comunicação social que ainda o quer ouvir, e foi causador de uma gigantesca humilhação do seu povo, cuja vontade expressa no referendo que inventou foi completamente dispensada.

Pois, depois de tudo isto, em vez de fazer as malas e remeter-se, envergonhado, ao recato do seu abastado lar, continua a andar por aí a dizer cavalidades, anunciando consequências tremendas por causa de uma situação que criou e que teve tempo e poder para ter evitado.

Um sujeito execrável, este novo herói da esquerda radical (e não só…) europeia. E um exemplo a não copiar… 
Título e Texto: Rui A., Blasfémias, 19-7-2015

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