Luciano Henrique
O novo presidente da FUNARTE,
Francisco Bosco [foto], soltou a língua para a Revista Cult e mostrou o quão
podre é o nível do aparelhamento estatal brasileiro. O que mais surpreende:
provavelmente muitos da direita, ainda que indignados pelo totalitarismo,
petista não vão lutar para reverter essa aberração desvelada à frente.
Bosco começa:
Eu nunca tinha tido nenhuma
experiência em gestão e sou suficientemente não ingênuo para saber das
dificuldades que me aguardavam. Mas o fato de ter sido chamado pelo Juca
Ferreira, cujo trabalho eu já acompanhava de longe há anos, e essa convicção
que eu tenho da necessidade de contribuirmos para tornar o Estado brasileiro
mais de acordo com as ideias que temos me colocaram aqui.
Isto é, nada de interesse
público. O sujeitinho, confessando não ter experiência em gestão (mas com
experiência em esquerdismo malandro), quer tornar o Estado brasileiro “mais de
acordo com as ideias que temos”.
Eu poderia encerrar aqui, mas
a coisa desanda para o cuspe na cara. Sigamos em frente.
Observe como ele trata os
críticos do aparelhamento (com os grifos mais que urgentes):
Na agenda de construção de um
conjunto de políticas públicas para as artes, eu creio que há diversas pautas
que unificam todos os setores. Pautas relativas à economia das artes, por
exemplo: quem é que não quer desoneração de certos setores, tributação menor?
Isso aí é uma coisa que fortalece a cadeia produtiva em geral. Mas tem outros
aspectos da discussão que envolvem política no sentido forte da palavra, no
sentido do antagonismo. Tem determinados setores que vão defender determinados
interesses. Nesse sentido eu, enquanto presidente da Funarte, sempre
procurarei fazer uma política que privilegie uma perspectiva de esquerda,
que é a de tentar produzir um equilíbrio maior no conjunto da sociedade. Então é
natural que quem não tem posições de esquerda se levante contra essas
ideias.
Entenderam porque eu digo ser
urgente que a direita comece a exigir leis proibindo a quebra da isonomia
no uso de verbas públicas para financiar artistas pró-governo, bem como blogs
governistas, atletas militantes do partido e daí por diante?
A verba da FUNARTE é da ordem
de cerca de 250 milhões por ano. Se existir um limite de financiamento privado
de campanha (com um teto de, digamos, 250 milhões), isso significa que só com
esta entidade, o governo garante o dobro de qualquer concorrente na disputa
pelo poder, pois um artista bancado em prol de um projeto de poder específico
de um partido significa investimento em propaganda política bancada com nosso
dinheiro.
De que adianta lutarmos pelo
impeachment se ignoramos os mecanismos pelos quais os petistas usam o estado
para bancar uma indústria cultural e midiática para dificultar tanto o trabalho
da oposição?
Seja lá como for, é
aterrador notar que há muita gente que realmente não fica zangada o
suficiente diante de tais afrontas. Um dia esse sangue de barata
precisa esquentar.
Se nao possivel tirar o pt pelo impeachment ou cassacao, com o tempo a populacao acorda pela dor. Antonio augusto.
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