Valmir Azevedo Pereira
Tudo depende do momento.
Hoje a “sociedade” se horroriza com a bandalha que se instalou na USP por
alguns dias.
São os agitadores travestidos de universitários, alguns tarimbados profissionais da anarquia, ou melhor, são
massas de manobra, cabeças feitas por espertos intelectuais, que afrontam a
tudo e a todos por seus direitos. Deve ser o direito ao caos.
Mas recordem, vivemos um
momento em que a preocupação com o direito pretere a tudo. Sobre os deveres,
nem tocar.
Imaginem, quando estivermos
vivendo sob a égide da anarquia ou da liberação total do uso de drogas, pois
cada um é dono de si, como serão cultuados os jovens que hoje, mascarados,
invadem instalações, depredam o bem público, e são corajosos para afrontar os
agentes da ordem pública?
Ah, seguiram a cartilha do
MST? Quem sabe.
Do entrevero, do acinte, do
deboche, certamente emergirão futuras lideranças, predestinados batalhadores,
indivíduos de convicta postura, e dispostos a lutar pelos seus ideais e
posições.
E contam com o apoio de
determinadas entidades; tanto que elas já levantaram os recursos para
libertação dos novos guerreiros.
Provavelmente, assistimos ao
nascimento de FUTUROS HERÓIS.
Um voto de louvor aos
intransigentes, pois agregaram ao seu cabeludo currículo, a palavra de ordem “a baderna acima de tudo”.
Na universidade serão
respeitados, citados, amados, cultuados e admirados. Percebam que hoje, grupos
de universitários se manifestam na frente da Universidade em apoio aos pândegos
presos.
Quanto ao apoio ou à
complacência da sociedade, será uma questão de tempo.
Passado o primeiro momento,
hábeis advogados estarão às portas da justiça desenrolando o carretel de
atrocidades que o aparato policial desencadeou contra seus inocentes jovens idealistas.
A começar pela agressão, que
como num pesadelo, na calada da noite, adentrou nos sonhos dos desordeiros,
para expulsá-los de seu merecido sono.
Esperamos que os indignados
não clamem por ridículas medidas, como a expulsão dos baderneiros, nem na
indenização para ressarcir a depredação, que poderia ser da responsabilidade de
cada um e, quem sabe, de 20 ou 30 % para o seu, ou seus líderes. Blasfêmia, tal
penalização nunca ocorrerá.
Que ninguém duvide, ali, na
USP, nasceu, nesta semana, uma nova chusma de líderes, e quando eles voltarem
será um Deus nos acuda, pois serão impiedosos, e serão indenizados, e contarão
suas histórias de sacrifícios, de como se agarraram aos seus princípios, com
coragem e determinação, e todos, de curta memória, diremos amém.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca
Azevedo Pereira, Brasília, DF, 09 de novembro de 2011
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