quinta-feira, 5 de julho de 2012

De "saco" cheio

Alberto de Freitas

Miguel Relvas poderia, tal como Lula, pavonear-se com a afirmação de nunca ter lido um livro. Isso não o tornaria menos competente como político, mas, tal como Lula, a gravidade está no pouco caráter.

Tal como Sócrates e rapazes amigos, aceitou o benefício de trafulhices e… foi apanhado. Depreende-se que não é caso único – justificando talvez a inflação de licenciados… e doutorados entre políticos e sindicalistas. Por coincidência, em competências de possível obtenção com a leitura de jornais.

Pode Miguel Relvas manter a confiança política por parte do Primeiro-ministro, mas o Primeiro- ministro a perde a confiança dos portugueses.

Os portugueses que adoram sentir-se orgulhosos de o ser, espero que não seja por aceitarem ser dirigidos por políticos desonestos. Sabe-se de muitos, mas, pelo menos que tenhamos a coragem de correr com os que são apanhados.

Também neste caso, devíamos “ser” alemães (e não gregos) que, sem qualquer hesitação, obrigaram o ministro da defesa (um dos mais próximos de Merkel) Karl-Theodor zu Guttenberg a demitir-se; pelo facto simples de ter plagiado parte da tese de doutoramento. Ou do Presidente alemão em exercício, por tráfico de influências.
Por isto – e não só – eles são “alemães” e, nós, “portugueses”…

Não com o PSD, mas com Passos, pensava – sabe-se lá porquê – ter-se varrido de vez com o período Sócrates…
Mas não, está no nosso “ADN”, na nossa “fatalidade”
Título e Texto: Alberto de Freitas

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