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"I see dad people", foto: Miguel Manso/Público |
Joaquim Carlos R. Santos
Está bem de ver que as vozes
trôpegas de Soares
e de Januário andam
bem coordenadas. As bocas mordazes sucedem-se. O circuito viperino,
absolutamente reles e destrutivo, está no terreno como é timbre da rodinha de
rabiar, rodízio de vários dizerem o mesmo, esquema que os socialistas desde
sempre montaram nos media e cuja alternância orquestrada,
repetida, constitui parte da explicação para a placidez de tanta sacanice, a
impunidade de tanto devorismo, a absolvição de tanto tráfico de vantagens e
influências amiguistas contra Portugal, sucessivamente. Senis e conspiradores,
menos contra o Ladrão Corrupto Supremo, agora em Paris, vivendo à conta de
milhões por explicar, [não há uma alminha jornalística que lhe ponha um
microfone à frente da batata nariguda por uma explicação das PPP e de todo o
desastre semeado?], Soares e Januário têm sempre antena para bolçar dislates.
Eles, gente por quem quase toda a desgraça e permissividade política desaguaram
ao País, levantam as vozes agora? Só agora? Contra os de agora? Isso significa,
só pode significar, que o fluxo lucrativo das clientelas e do velho aparelho
xuxa incrustado no Estado, apadrinhado a dedo pelo catarro pardo dos soares,
dos almeidas, dos diabos que os leve, está posto em causa. Daí que se ladre
acrobaticamente. Soares e Januário são livres. Livres tanto para borrar a
fralda incontinente quanto para opinar delírios rebarbativos. Eu também cá
estou. Pronto para os januários, para os soares, para os azeiteiros, os filhos
da puta, todos os de mãos sujas, mas sempre postos em sossego, enquanto
penamos. Pronto para os de língua alternadeira, torpe, facciosa,
pirata. Pronto com a aparadeira do comentário para os besouros que dormitam nas
conferências ou se exilam com o produto do saque. Nem tudo vai bem com a
governação Passos? É verdade. Mas com xuxas de biografia profundamente rapace,
como Soares, e cromos a rosnar distorções, como Januário, já a pedir um novo
Governo, atinge-se o cúmulo do cínico, do cretino. Até quando a velha carcaça
do putedo político abusará da nossa frágil paciência?!
Título e Texto: Joaquim Carlos Rocha Santos, no blogue “PALAVROSSAVRVS REX”, 18-7-2012
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