Ainda há
pouco, há mais ou menos uma hora, postei “A emissão a dez anos e o regresso aos mercados” e destaquei o comentário de um leitor de Luanda.
Pois bem, quer
dizer, mal, eis que me deparo com esta manchete:
Cortes: "Segunda vaga de austeridade" ainda vai ser pior
Leiam, por favor:
Os economistas contactados pelo
Diário de Notícias consideram que a “segunda vaga de austeridade”, já abordada
pelo primeiro-ministro, terá efeitos piores e “será muito difícil de
controlar”. Depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros ter traçado a
“barreira” da sustentabilidade da coligação no novo imposto sobre os
pensionistas, a questão que se impõe é saber se o Governo tem margem de manobra
para desistir dela.
A lâmina da austeridade
que voltou a pairar sobre os pescoços dos portugueses, com o anúncio das
medidas substitutivas das quatro normas chumbadas pelo Tribunal Constitucional,
está ainda mais afiada, dizem os economistas, que antevêem o pior. Na opinião
dos especialistas ouvidos pelo Diário de Notícias, é tempo de seguir por outro
caminho e baixar impostos.
O pacote de medidas anunciadas
por Passos coelho, na sexta-feira, permite uma poupança de 4,8 mil milhões de
euros até 2015, apesar de o primeiro-ministro ter dito que só seriam
necessários 4 mil milhões. No entanto, os economistas não se deixam convencer
por estes números.
Para o professor catedrático
de Coimbra José Reis as medidas constituem uma “segunda vaga de austeridade” e
o especialista garante que o seu efeito será ainda pior do que o primeiro
pacote. Os novos cortes são um “desmantelamento do Estado e das políticas
sociais” que terão “efeitos muito fortes”, sustenta José Reis.
Na opinião do docente, a
“natureza contraproducente do caminho que estamos a seguir vai agravar-se ainda
mais” e a solução passa pela “urgente” renegociação da dívida.
Já o economista Eugénio Rosa
diz não perceber como é que se tiram 240 milhões à despesa dos ministérios,
lamentando que “tudo seja feito sobre o joelho”. O fiscalista Tiago Caiado
Guerreiro vai mais longe e defende que “os impostos têm de descer” pois a
“situação não é sustentável”. No entanto, o especialista mostra-se favorável à
existência de uma taxa sobre as pensões mais elevadas, salvaguardando a
protecção das mais baixas.

Bom, aí fui pesquisar quem são estes três urubus.
Vejamos:
O primeiro, José Reis,
é do Centro de Estudos Sociais – Laboratório Associado à Universidade de
Coimbra. Secretário de Estado do Ensino Superior (1999-2001) do governo
socialista de António Guterres.
O Centro de Estudos Sociais é o playground do
sociólogo Boaventura de Sousa Santos.
Manuel Carvalho da Silva, quadro do Partido Comunista, ex-secretário-geral do
departamento sindical desse partido; José Manuel Pureza, dirigente do Bloco de Esquerda… tem mais, tem mais, mas não
estou com saco de procurar. E quem sustenta esse Centro de Estudos Sociais,
hein??
O segundo, Eugénio Rosa, é um comunista do
departamento sindical do PCP.
O terceiro, Tiago
Caiado Guerreiro, é aquele que disse, entre tantas sandices, que “os consumidores devem resistir à lei que obriga a pedir fatura”. Outra ave de
mau agouro, sempre a criticar o que este Governo faz ou deixa de fazer, ou
pensou em fazer… Basta escrever “Tiago Caiado Guerreiro” na barra do Google…
Além das “agourices”, você vai encontrar este artigo no “Diário de Notícias”, publicado
em 24 de março de 2011:
Crise política foi orquestrada pelo primeiro-ministro (José Sócrates).
Pronto! Tivemos aí um belo painel (de três) de economistas analisando a
notícia de ontem com uma invejada imparcialidade…
Relacionados:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-