quarta-feira, 8 de maio de 2013

A emissão a dez anos e o regresso aos mercados

Portugal emitiu ontem três mil milhões de euros de dívida pública a 10 anos. A procura mais do que triplicou a oferta, mas a taxa de juro ficou pelos 5,6%, o que sendo bom para um país que durante dois anos não conseguiu fazer uma emissão do género, fica longe dos 4,2% obtidos pela Irlanda há cerca de dois meses.
 
A procura mais do que triplicou a oferta, mas a taxa de juro ficou pelos 5,6%, o que sendo bom para um país que durante dois anos não conseguiu fazer uma emissão do género, fica longe dos 4,2% obtidos pela Irlanda há cerca de dois meses. Ainda assim, todos foram unânimes em considerar que a operação foi um sucesso, desde o BCE, ao Banco de Portugal, aos economistas e até à oposição, com o PS a mostrar regozijo pela emissão, apesar de o Governo não cumprir as metas.
O certo é que, segundo os dados oficiais, 86% dos investidores que compraram nesta emissão são estrangeiros, 5% dos quais bancos centrais e 12% fundos de pensões e companhias de seguros. Também a origem dos investidores foi mais diversificada, com países da Escandinávia a estarem presentes na operação.
Não é, no entanto, tempo para embandeirar em arco, como disse o governador do Banco de Portugal e as agências de ‘rating' Moody's e Fitch, por entenderem que a economia portuguesa ainda enfrenta muitos desafios e o sucesso desta operação não significa que Portugal tenha já acesso pleno ao mercado primário de dívida pública. Para os cidadãos e para as empresas esta é uma operação que vem acender alguma esperança quanto ao relançamento da economia e do emprego, uma vez que se espera que o crédito às empresas possa, a partir de agora, fluir melhor dos bancos para as empresas e a taxas de juro mais baixas do que aquelas que têm vindo a ser praticadas para a maioria das empresas.
Afinal, este foi apenas mais um passo, ainda que muito importante.
Título e Texto: Diário Económico, 08-05-2013

versus , Luanda | 08/05/13 09:32
Na Irlanda, remam todos para o mesmo lado, por cá a oposição parece querer ver o país de rastos, para dizerem que tinham razão. Uma tristeza, se o Governo é mau, a oposição é muito pior.

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