terça-feira, 7 de maio de 2013

Outro exemplo da imprensa militante. Ou: a perda de noção tamanho é o rancor que carregam

Nuno Miguel Ropio
A crise abateu-se de forma negra sobre os motoristas da Carris, em Lisboa: passam fome e desmaiam em pleno serviço. Há ainda os que se apropriam do dinheiro dos bilhetes para equilibrarem as contas.
Há cerca de 300 motoristas e guarda-freios da Carris que estão a passar graves dificuldades económicas, ao ponto de nada comerem durante as várias horas em que estão ao volante de autocarros. Três deles já chegaram a desfalecer no serviço e um outro teve uma quebra de tensão - porque há quatro dias consecutivos que só ingeria um iogurte por dia.
Por detrás deste cenário de subnutrição, que afeta quase 20% dos motoristas da transportadora (1700), estão histórias em que a cara-metade está desempregada, os 800 euros de salário-base já não fazem face às despesas mensais e à prestação da casa ou em que os filhos entraram na rota do desemprego.
Título e Texto: Nuno Miguel Ropio, Jornal de Notícias, 07-07-2013

Foto: Orlando Almeida/Global Imagens/Arquivo JN
Notem que a culpa é atribuída à “crise”, noutras palavras, ao atual governo. Portanto, têm razão os motoristas da Carris em convocarem uma greve para que a companhia pública lhes dê, mensalmente, uma verba suplementar para uma dúzia de iogurtes diários, uma verba compensatória para cobrir o salário da cara-metade desempregada, pagar as prestações da casa diretamente no banco onde o pobre empregado pegou o empréstimo e, também, uma mesada mensal para cada filho desempregado. Ah, ia esquecendo, e uma verba de 30 euros mensais correspondentes a 1 euro por dia, quanto custa medir a tensão nas farmácias… 
PS: em Portugal não existem desempregados. Se existem, estes ingerem 4 iougurtes por dia.

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