Adolpho Lindenberg
O que não falta nos dias
atuais são críticas aos governos bolivarianos – Venezuela, Argentina, Bolívia e
Equador – e aqui no Brasil, ao governo de Dilma. Ditatoriais, corruptos,
populistas, burocráticos, incompetentes, privilegiando atendimento “sociais” em
detrimento da economia do país, etc. Nessas diatribes, a crítica à corrupção se
sobressaem como se ela fosse a principal responsável pelos seus desacertos.
Diante desse quadro,
pergunta-se: por que não denunciar o caráter socializante, marxista,
esquerdista, presidindo os governos populistas? Fica-se com a impressão de que
seus políticos agem movidos apenas por interesses demagógicos ou por corrupção.
E que se percebessem que o povo está descrente com a estatização da economia e
fossem honestos, os problemas estariam resolvidos. Na verdade, é preciso
afirmar em alto e bom som que enquanto os políticos populistas, trabalhistas,
petistas, nacionalistas, continuarem com seu viés esquerdista, sua mentalidade
socialista e, no fundo de suas cabeças, com suas ideias marxistas, nada se pode
fazer e o Brasil seguirá o caminho da Venezuela e de Cuba.
Todos governos bolivarianos,
inclusive o nosso, não fazem outra coisa do que seguir o programa prescrito por
Gramsci segundo o qual o socialismo só se tonará viável se for implantado de
modo gradual, acompanhado de modificações na mentalidade popular, e não por
meio de revoluções.
De acordo com esse
gradualismo, as ideias socialistas disfarçam-se em reivindicações e
mobilizações da opinião pública orquestradas por movimentos ditos “sociais”,
dos “direitos humanos”, das “minorias excluídas”, das vítimas dos preconceitos.
Fazem parte dessa orquestração as seguintes campanhas apresentadas pela mídia
como sendo fruto de anseios da população:
·
Reformas de base, principalmente a agrária:
· Ambientalismo radical denunciando o agronegócio,
as hidroelétricas e o progresso econômico como elementos contrários à
preservação dos recursos naturais do planeta.
· Envenenamento de problemáticas: questão
indígena, quilombolas, preconceitos raciais, desigualdades, etc.
· Criação e exacerbação de inimizade para com os
Estados Unidos, apresentando-o como um país racista, querendo dominar o mundo
através das multinacionais e hostil aos nossos interesses econômicos.
Um dos denominadores comuns
aos países bolivarianos, além dos desacertos econômicos, é a ojeriza manifesta
para com os norte americanos, antipatia essa sempre presente na nossa
diplomacia externa dirigida por Marcos Aurélio Garcia, um esquerdista
reconhecido internacionalmente. Aproveitando-se – euforicamente, diga-se de
passagem – do incidente das escutas telefônicas, nosso governo prima por
ignorar nosso principal parceiro comercial e se empenha em socorrer os regimes
cubano, venezuelano, bolivariano e marxistas na África. Assim como certas
doenças são detectadas mediante alguns sinais inequívocos, podemos dizer que a
animosidade para com os Estados Unidos constitui um sinal indicativo duma
mentalidade esquerdizante.
Proliferam atualmente inúmeros
painéis e discussões em nossos programas de televisão tratando do atual estado
caótico de nossa política e de nossa economia e tendo o PT como expressão
máxima desse descalabro. Que a mentalidade petista é a principal responsável
não resta dúvida. Mas por que não falar em socialismo, marxismo, gramcianismo,
estatismo, intervencionismo? Fala-se na política pró comunista de Jango, mas
por que não apontar o marxismo já em seu nascedouro na política trabalhista de
Getúlio Vargas, no relacionamento preferencial com Cuba no governo Jânio Quadros,
no intervencionismo estatal do governo Geisel (dizendo-se anticomunista, mas
mais estatista do que qualquer outro governo) e nos discursos demagógicos de
Lula?
Se quisermos, realmente, mudar
o rumo de nosso viver aqui no Brasil, urge, antes de mais nada, apontar o cerne
ideológico marxista dominante ainda nas universidades, na mídia, em nossas
novelas, filmes, nas figuras principais de nossa política. Ao me referir aos
políticos, não me restrinjo aos petistas, mas também aos numerosos figurantes
existentes nos demais partidos, inclusive nos da oposição.
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