Vasco Mina
Quem ouve a esquerda socialista sobre a crise grega em curso, fica com o registo do papel
fundamental que tiveram, na solidariedade ao povo e governo gregos, os
dirigentes socialistas europeus. Esquecem-se que Jeroen Dijsselbloem é também
socialista e omitem o discurso de Hollande nas habituais celebrações da
Revolução Francesa.
Depois das afirmações de Tsipras em que assume a sua não
concordância com um acordo que assinou, será de reter o que disse o Presidente
francês no 14 de Julho. Assim, sobre a solidariedade foi bem claro: «Vous en connaissez beaucoup des pays qui vont avoir un financement de 86 milliards? Il y a eu une vraie solidarité à l'égard de la Grèce». A propósito da
defesa dos interesses franceses foi ainda mais certeiro: «Je voulais aussi veiller sur l'intérêt de la France. Il fallait que je veille aussi à ce que l'argent des Français, celui déjà prêté, puisse être sauvegardé. Si la Grèce sortait, c'était la moitié de ce qui avait été prêté qui était perdu».
Ou seja, foi sem qualquer interesse que, com toda a
solidariedade, a França e os franceses ajudaram os explorados gregos. Mas a
Europa acima de tudo: «Je ne dis pas que c'est la France qui a gagné mais c'est l'Europe qui a gagné et la France qui a trouvé tout son rôle».
Ainda sobre a Europa e mais
em concreto ao papel do eixo franco-alemão conviria que os socialistas portugueses
(se alguém conseguir enviar este discurso à Helena Roseta seria um contributo
para a partilha política) registassem o seguinte que é como que a cereja no
topo do bolo:
É o espírito da Revolução
Francesa, em defesa dos povos, no seu esplendor!
Título e Texto: Vasco Mina, Corta-fitas,
16-7-2015
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