Aparecido Raimundo de
Souza
“A mulher é o melhor remédio para curar dor de
barriga ou esconder os chifres causados pelo mal de um amor desfeito”.
Curió, poeta e repentista linharense
PARA UMA DETERMINADA CORRENTE, o papel da mulher,
na sociedade brasileira, sem dúvida alguma é servir ao marido (e servi-lo bem).
Ser sua escrava submissa, a serva dependente, a criada obediente e dócil, lavar
suas roupas com amaciantes, as cuecas imundas com perfume de lavanda, trazer os
chinelos quando ele for encarar o chuveiro, pilotar com destreza o fogão, em
seguida a pia da cozinha cheia de pratos do almoço ou do jantar. Preparar
diversificadas refeições e servi-las à mesa como manda o figurino. Nessa onda vem, de roldão, tomar conta das
crianças, de preferência, umas doze, ou treze (quanto mais crianças melhor),
sem deixar, todavia, que elas perturbem o papai, principalmente na hora em que
a criatura chegar da rua cansada e exausta do trabalho.
Para outra linhagem, o
primordial da mulher é ser a prostituta fácil, a depravada espontânea, dócil,
branda, acessível, comunicativa sem vergonha e sacana. Aquela vagabunda ralé e
mundiça que obedece cegamente ao marido realizando com precisão britânica todos
os seus desejos, entre eles o de lamber seus pés, aplicar uma boa e relaxante
massagens nas costas e demais partes do corpo, e na hora da rala e rola, rola e
rala, transformar-se na amante perfeita, completa, dando, como se diz na gíria
do submundo, um banho inesquecível no sujeito, grosso modo, fazendo “barba,
cabelo, bigode e cavanhaque”.
Há os parasitas
medievais que entendem ser o ofício da mulher, além do corriqueiro objeto de
uso para toda obra, a abjeta ignóbil.
Não desfrutar de certas regalias para que não ponha as unhas de fora.
Antes de qualquer coisa ela precisa dar o merecido valor e respeito ao seu
companheiro, ou seja, deve dar duro no trabalho, ser boa mãe e dona de casa
(com extensão à cama, mesa e outros móveis que produzam ou induzam o sujeito a
ter ideias pecaminosas), e submeter-se inteiramente aos caprichos de seu amo,
ou via paralela, além de realizar todas as obrigações destinadas a uma boa dona
de casa, trabalhar fora, pegar no pesado, pular cedo, deixar o café pronto,
enfrentar um buzu lotado, ou metrô e, no final do mês, chegar sorridente, com o
envelope do pagamento fechadinho e depositá-lo, incontinente, nas mãos do seu
rei.
No geral, a meta da
mulher é ser a “kenga” perfeita, a rameira de todos os programas revestida numa
só. De contrapeso, ser a dama de vermelho da boate azul, a vagabunda mundana
capaz de destrinchar os prazeres da carne fazendo seu senhor cometer, de uma só
vez, os sete pecados capitais de forma triplicada. Igualmente, levá-lo à lua,
propiciando-lhe visões alucinantes, tipo aquela do ônibus espacial Columbia se
desintegrando numa bola de fogo, ou pior, da astronauta Kalpana Chawla (que
será vivida por Julia Roberts) fazendo amor com Willian McCool (este personagem
estrelado por Cline Owen) no longa metragem “O Ônibus Desintegrado”, a ser
lançado em 1º de fevereiro de 2019, por ocasião dos dezesseis anos da tragédia
deste veículo ocorrido em 2003.
Na mesma punhetada, a
função da mulher se inclui em proporcionar ao seu amado a ilusão de ver, num
repente, a Tiê peladinha jogando beijinhos apaixonados, e cantando encostada na
sua “Máquina de lavar” degustando “Torrada e café” ou, em igual idiotia,
inventar num abrir e piscar de olhos a figura maviosa da Kell Smith arrancando
a calcinha e simulando gestos obscenos com as mãos naquele lugar, tipo “vem,
vem, vem, meu gato”, misturando “Girassóis” com “Nossas conversas”. Enfim,
colocar e não só colocar, ceder seu instrumento de prazer e deleite numa
bandeja e oferecer o melhor de seu talento pessoal, nem que, para isto, perca o
tino e utilize posições pornográficas as mais desvairadas, dessas de deixar o
careca com a cabeça esfolada de tanto roçar os cabelos encaracolados pelos
desejos mais secretos.
A mulher deve saber
quais são suas limitações: não se intrometer na vida do marido, não cobrar
coisas absurdas, não pedir presentes caros, não escutar conversações pela
extensão do telefone, não vasculhar a agenda do celular, tampouco ler as
mensagens recebidas ou jogar fora o retrato da outra, casualmente escondido na
carteira de documentos. Atirar pela janela
os velhos preconceitos e fricotes trazidos do berço (não faço isso, não faço
aquilo, só deixo papai e mamãe, cu jamais!), colocar as mãos e os pés no chão,
ficando, literalmente de quatro e deixando, por derradeiro, que o consorte
cavalgue sobre seus pelos, como se fosse uma égua, ou uma vaca leiteira
recém-saída do pasto. Nessa hora, se espocar num soante e estrepitoso
muuuuuuuuuuuu... para touro ou cachorro nenhum achar brecha pontuando defeitos.
Devemos lembrar, via
de regra, (aqui via de regra sem referência à menstruação) e deixar claro,
principalmente para todas as flores do belo sexo o seguinte: as fêmeas, de um
modo geral, trazem no coração, desde pequena, uma fascinação descomedida pelas
ociosidades do mundo, principalmente pelos desnecessários que envolvem
comodidades e regalias. Elas adoram isso. Regalias é o ápice de tudo. As musas
do corpo perfeito vivem por isso. Por essa causa, vendem a alma, o sangue,
barganham o corpo e a própria vida. Além do fato de gostarem de aparecer, ficam
à vontade, relaxam, fraquejam, distendem quando vem muito dinheiro, joias
caras, mansões à beira mar, carrões importados, aviões, iates, etc. etc. São
capazes de se transformarem numa sósia de Florbela Espanca dos dias atuais, e,
de peito à mostra, saírem por ai a declamarem para seus machos algo do tipo “Eu
sou a que no mundo anda perdida, Eu sou a que na vida não tem norte, sou a irmã
do sonho, e desta sorte, sou a crucificada... a dolorida”.
A nossa opinião, foge
a todas as acima trazidas. Somos a favor que a mulher seja a nossa melhor
companheira, a amante, a senhora do lar, a primorosa, a amiga, a que nos
conforta e nos faz viajar em sonhos profundos e profanos. Essas correntes
tresloucadas acima apontadas devem ficar sepultadas no passado. Enterradas para
sempre. Sem a mulher, somos incompletos, imperfeitos. Transformamo-nos em brilho ofuscado, estrada
sem caminho, dia sem sol, amanhã sem futuro. Sem a mulher simplesmente não
existimos. Deixamos claro essas assertivas em textos publicados aqui mesmo,
apenas para lembrar aos amigos e leitores, “Ser mulher” (6 de março de 2017) e, um ano depois, em (7 de março de 2018) na
crônica “Mulher ideal”, entre outras. Os que pensam de forma diferente... carecem de uma
reestruturação de personalidade o mais urgente possível. Ou de um desses
médicos de malucos...
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza,
jornalista. Da cidade de Linhares, no Espírito Santo. 9-11-2018
PS. Ontem, aqui em
Linhares, Juliana Sales, pastora e esposa de Georgeval Alves, também pastor
(ela, mãe dos irmãos mortos e carbonizados Joaquim Alves, de 3 anos e Kauã
Salles Burkovsky, de 6 anos), teve o pedido de liberdade provisória deferido
pelo mesmo juiz que aceitou a acusação formulada pelo Ministério Público e
manteve a sua prisão por envolvimento junto com o pastor na morte das crianças.
Como o processo corre
em segredo de justiça (segredo de justiça é aquela brecha da lei para que o
povinho não saiba das falcatruas nem das decisões de merda do juiz), Juliana, a
assassina, foi posta em liberdade.
Houve grande manifesto
contido pela polícia que pedia JUSTIÇA, não se sabe para quem. Ao nosso humilde
entendimento, o “dotor” juiz André Bijos Dadalto, da primeira vara criminal
desta comarca, responsável pelo caso, apesar do duplo homicídio comprovado nos
autos, do duplo estupro comprovado nos autos, das fraudes processuais pelas
alterações das cenas do crime comprovadas nos autos, o “maugistrado”
evidentemente se sentindo culpado por ter condenado a pobre da Juliana, e como
ela é pastora, tem contato direto com Deus, e sobretudo, querendo limpar a sua
barra com o Altíssimo, o “dotor” da capa preta pediu a assassina Juliana Sales
para interceder por ele junto ao Pai e garantir dessa forma a sua entrada no
inferno, perdão, amados, no céu.
Não temos nenhuma
outra explicação plausível para um juiz que se preza, que honra a toga, agir
desta maneira. Das duas uma. Ou ele é cego, não tem filhos, não tem mãe, ou a
justissssssa... tem realmente uma birosca (perdão) uma venda envolta em meio
aos olhos.
Colunas anteriores:
Para florear um pouco, relato uma entre dezenas de comentários que ouço no geral nos banheiros públicos, comerciais de shoppings. ÉW sempre a mesma historia! Papos de mulheres:
ResponderExcluir"-Vou botar aquele FDP no pau para pagar a pensão. Sabe amiga, eu trabalho no dia e a noite vou estudar. Fins de semana viajo sempre pra Parati ou Aparecida. As crianças ficam com a minha mãe, a avó das crianças. O dinheiro que ele dá é pouco. Vou botar aquele FDP no pau"!
Quem gosta de homem é vi...
ResponderExcluirMulher gosta de dinheiro!
MINHA RESPOSTA AO ANÔNIMO DAS 17:34 DO DIA 09.11.2018. Obrigado por ter comentado meu texto. Fiquei deveras contente. Faço minhas as suas palavras. Quem gosta de homem é viado. Mulher gosta de dinheiro. E fim de papo. Aparecido Raimundo de Souza, de Linhares, Espírito Santo.
ExcluirGaranto que viver uma vida trepando sem fazer filhos é deliciosa!
ResponderExcluirA vida sem filhos me proporciona muito prazer! Porém, o que observo há muito tempo são mulheres engravidando para obter benefícios. E no geral, utilizam estes filhos como moeda de barganha nos relacionamentos. Forever !
Filhos são problemas para sempre...
Portanto meninos, um aviso: Nó no pinto!
Porque depois que faz é só escolher o nome e registrar. E pega a bola que é tua, Taffarel! kkkk Seus troxas !!!
Tchau. Fui beijar...muito!
RESPOSTA AO ANÔNIMO DAS 17h41MIN DO DIA 09.11.2018.
ExcluirDe fato, meu caro Anônimo “trepar” sem fazer filhos é delicioso. Todavia, se pegarmos uma mulher somente para o ato da fornicação, sem gozar dentro... a coisa ficará sem sabor, maquinal e fria. Por outro lado, se não fizermos filhos, quem nos representará amanhã? Quem dará seguimento a nossa estirpe? Em outras palavras, a minha?
No futuro, quando eu não estiver mais aqui, meus “rebentos” falarão por mim e não permitirão que a família SOUZA se perca nas profundas do tempo. Com relação às mulheres que engravidam para obter benefícios, não vejo também mal algum. Eu mesmo pago alimentos para três filhas – Amanda, Luana e Antonella.
Amanda me deu um neto lindo, João Eduardo. Luana me presenteou com Heitor. A família SOUZA AUMENTOU. Chegou gente nova no pedaço. Com relação à Antonella minha gatinha paulista acabou de completar 11 anos e é a única menor de idade nessa confusão toda.
Amanda e Luana, embora casadas, continuo pagando os alimentos religiosamente por muitos motivos. Darei só dois. 1) Marlúcia a mãe das duas, nunca me colocou no pau. 2)Luta com unhas e dentes para sobreviver com as duas meninas e agora com os dois espevitados. Logo, acho seria desumano não continuar prestando ajuda. Faço isto de coração. Filhos são problemas para sempre. Sim. São. Porém, “se não tê-los, como sabê-los?”.
Na minha longa carreira de revirar os olhinhos e ver bocetinhas coloridas dando saltos n’elezinho, me realizei como homem, como pai, como chefe de família e igualmente como galinha. Arranjei seis filhos. Érica, hoje médica cardiologista, Eduardo, empresário, mora nos Estados Unidos (me deu 3 netos), Narjara ainda sem filhos, Amanda, Luana e por derradeiro, Antonella.
Pretendo fazer o sétimo. Gostaria, sinceramente, fosse com Carina, minha secretária. Esta jovem está comigo, lado a lado, ombro a ombro, há 10 anos. Não temos nada, viajamos para baixo e para cima, porém, nunca fomos para a cama. Apesar disto, acredite meu caro Anônimo, vejo uma alcova macia e redonda no meio de nós.
Redonda para não se ter ideias quadradas. Sonhar faz bem, rejuvenesce o coração.
Nó no pinto? Jamais! Desde que me entendo por gente, e agora, aos 65, nunca usei camisinha. A única vez que tentei, o engraçadinho pensou fosse toca. Dormiu, roncou e babou como um bom filho da puta. Sigo, pois, sendo trouxa. É bom, é revigorante revirar os olhinhos... nos faz viver com o coração a mil... quero morrer disto, ou seja, FODENDO.
Forte abraço. Saúde, Graça e Paz! Aparecido Raimundo de Souza, de Linhares, Espírito Santo.
Prezado Aparecido:
ExcluirEu o parabenizo por assumir suas responsabilidades e escolhas de vida pessoais. Caso eu fosse Ministro da Previdência Social o contrataria para dar palestras no Norte, Nordeste e em todas as periferias deste país. A matemática indica que para que o governo construa por exemplo uma creche ou um hospital serão necessários em média 3 anos. Bebes nascem após 9 meses e até menos. Para que as "mulheres" deixem as criancinhas na creche para irem pra academia malhar, não existem maneiras do governo dar conta sem empurrar as responsabilidades para os outros, no caso nós que pagamos por esta bandalheira! Saiba que além de pagar pelos filhos que assumiu em sua vida, estás pagando pelos filhos da p... alheios com teus impostos.
MINHA RESPOSTA AO ANÔNIMO DAS 17:33, do dia 09.11.2018. Para início de conversa, obrigado por ter comentado em meu texto. De fato, a maior parte das mulheres gostam de ter a sua independência. Algumas lutam por isto, outras, todavia, gostam de dar o golpe da barriga. E a conversa é realmente esta: "Vou botar aquele filho da puta no pau". Deveriam lembrar que antes, entraram no pau. E isto é o que faz toda a diferença. Elas entram no pau... o golpe da barriga... passa a ser coisa de somenos importância. Aparecido Raimundo de Souza, de Linhares Espírito Santo.
ResponderExcluirPrezado Aparecido:
ExcluirRessalto que existem surubas para as quais sequer fomos convidados e que na hora de pagar a conta... somos intimados para quitar. Me refiro ao bolsa Família! Obs: Logo eu que por opção fugi durante minha vida da ação de ter e criar filhos!!! Sugiro "Bolsa Laqueadura" e "Bolsa Vasectomia" para os governos futuros. Pro inferno esta gentalha e chega de pagar pela trepada alheia!
Caramba que susto!!! Meu querido escritor vejo que seu texto gerou um pouco de polêmica, digo de antemão adorei; como sempre impecáveis, perdi um pouco da história porque só hoje tive o prazer de ler. Realmente existem homens e homens e mulheres e mulheres. Vou deixar minha opinião sincera. Vou por etapa:
ResponderExcluirA mulher submissa ainda existe, que cuida com carinho do marido da casa etc. Mas veja bem não tem valor nenhum, apenas se anula como mulher, para viver a vida do marido, filhos, etc.
A mulher puta também existe com toda a certeza, mas veja bem meu caro nem todos os homens querem que sua mulher seja cabeleireira está que faça barba, cabelo, e bigode isso pra muitos é intimidador. Pra ser franca para a mulher ser kenga, ser safada na cama com o marido, cuidar de filhos e da casa e ainda trabalhar, não é difícil, nós sempre arrumamos tempo para tudo. Mas convenhamos nem todo homem está preparado para isso. Muitos homens não percebem o que as mulheres desejam, porquê usa uma aliança a esposa é diferente das outras, talvez seja um pouco culpa da falta de diálogo.
Agora tem as mulheres que dão o golpe da barriga, são mulheres que são preguiçosas e querem vida mansa. Mas a aquelas que tiveram decepções anteriormente busca um novo relacionamento, e muitas vezes são realizadas e muitas vezes fracassam não porque são menos, mas é as atitudes de alguns homens que ferem sua auto estima. São homens acostumados a se defender ofendendo. Como você disse, que vocês homens não vivem sem as mulheres, porque são a continuidade de sua espécie, concordo com vivo Aparecido, mas a sempre as exceções. Parabéns pelo texto. Carla Rejane