«A sua revolta [das
grandes massas], que as novas esquerdas globalizantes deixaram de poder
enquadrar, acabou por determinar o regresso das direitas como baluarte da
identidade e da nação ameaçadas. Direitas que agora surgem mais variadas e
contraditórias que nunca, em fragmentação pós-moderna: com conservadores e homossexuais
assumidos; com entusiastas do mercado livre e protecionistas; com religiosos e
ateus; com contrarrevolucionários e revolucionários; com autoritários e
libertários; com caudilhos primários e intelectuais sofisticados.
O que é que une estas famílias da direita? Sem esquecer ou subalternizar o que continua a distingui-las, diria que a única coisa que têm em comum é a defesa da identidade nacional, como fator constante das lealdades, como a única universalidade realística e pragmaticamente possível.
Enquanto a esquerda toda, da capitalista à socialista radical, proclama utopicamente o primado do indivíduo e da Humanidade, a direita e as direitas ficam-se pela nação, pela pátria, pelas fronteiras, essenciais para enquadrar tudo o resto – a religião, as liberdades e até a felicidade pessoal e de grupo.»
(Jaime Nogueira Pinto, A direita e as direitas, Lisboa, Bertrand Editora, 1995/2018, pp.56-57.)
Título: Gabriel Mithá Ribeiro, Vice-Presidente do CHEGA!, 10-11-2020
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Certinhos e bonitinhos
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