Segundo o deputado, ministros do TSE e do STF não dizem a verdade sobre o tema
Edilson Salgueiro
O deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) [foto] concedeu entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan, exibido nesta terça-feira, 27. Durante a conversa, o relator da proposta de emenda constitucional (PEC) do voto “impresso” falou sobre a expectativa do Congresso Nacional em relação ao projeto que visa a garantir mais segurança nas eleições.
O impacto da reforma
ministerial na aprovação da PEC 135/2019
Segundo Barros, a comissão
especial criada pela Câmara, para analisar a proposta do voto “impresso”, era
composta de políticos majoritariamente favoráveis à pauta. “Após as reuniões
convocadas pelos ministros do TSE e do STF, os parlamentares mudaram suas
posições”, afirmou. “Então, a composição da comissão especial mudou. Com a
reforma ministerial, esperamos que a base seja consolidada, a fim de retomar a
maioria na comissão.”
A conversão de
parlamentares
O deputado federal diz ter convicção de que os partidos contrários à matéria podem reconsiderar suas decisões. “O Republicanos, partido pelo qual fui eleito vereador em Londrina, anunciou apoio à implementação do voto ‘impresso’ nas eleições”, observou. “O presidente da sigla, deputado Marcos Pereira, alegou que a tomada de decisão ocorre em virtude da pressão da população brasileira nas mídias sociais, na internet.”
De acordo com Barros, o
diálogo permanece sendo estabelecido com líderes partidários, deputados e
membros da comissão especial. “O objetivo é distensionar essa relação
conturbada que foi criada”, disse. “Estamos diante da maior campanha de
desinformação dos últimos anos. É impressionante vermos autoridades públicas
promovendo fake news na mídia, dizendo que queremos a volta da cédula de papel
— embora não queiramos isso.”
Detalhes sobre o voto
“impresso”
O deputado explica que a
votação em cédula de papel acontecia antes da implementação das urnas
eletrônicas — situação que durou até 1996. “O eleitor tinha de escrever o
número do candidato nas cédulas”, esclareceu. “Agora, defendemos a migração das
urnas de primeira geração para as de segunda geração. Na prática, o eleitor vota
na urna eletrônica e, ao fim da votação, recebe um comprovante, para conferir
se o voto dele está correto.”
Conforme Barros, o eleitor não
terá contato físico com a cédula de papel impressa pela urna de segunda
geração. “O protótipo da urna, que o próprio TSE desenvolveu em 2014, realiza a
impressão dentro de uma caixa de acrílico”, explicou. “De maneira que o eleitor
possa visualizar o conteúdo impresso, mas sem estabelecer contato com a cédula
de papel. O cidadão não poderá sair com o voto em mãos, conforme ministros do
TSE dizem.”
Título e Texto: Edilson
Salgueiro, revista Oeste, 27-7-2021
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