Diminuição de despesas, iniciada a partir da gestão do ex-presidente Michel Temer, acentuou-se no governo de Jair Bolsonaro
Edilson Salgueiro
Foto: Marcos Corrêa/Agência Brasil |
Na média dos últimos três
anos, por exemplo, apenas 11,6 mil novos servidores foram contratados. A taxa
de reposição de funcionários aposentados é a menor da série histórica.
Atualmente, cerca de 208 mil servidores
públicos estatutários fazem parte dessa engrenagem. Em 2007, o ponto mais alto
da série, os funcionários eram 333,1 mil e tinham direito a estabilidade e
planos de progressão automática na carreira, segundo os dados disponibilizados
pelo Painel Estatístico de Pessoal (PEP), do Executivo federal.
A diminuição de despesas,
iniciada durante a gestão do ex-presidente Michel Temer, acentuou-se no governo
de Jair Bolsonaro, que restringiu as contratações e congelou os vencimentos dos
servidores.
Comparação
Os salários e encargos do funcionalismo federal ativo e inativo em 2021 somam R$ 335,4 bilhões — cerca de R$ 2 bilhões a menos do que no primeiro ano da gestão Bolsonaro.
Quando o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso assumiu o cargo mais importante do país, esses gastos
eram de R$ 161,7 bilhões. O tucano deixou o governo com aumento de despesas (R$
215,4 bilhões).
No primeiro governo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os gastos passaram de R$ 215,4 bilhões
para R$ 235,1 bilhões. No segundo mandato, atingiram R$ 307,6 bilhões.
A ex-presidente Dilma Rousseff
elevou as despesas para R$ 335,8 bilhões. Depois, sofreu impeachment.
Michel Temer, que instituiu o
teto de gastos, iniciou o governo com despesas de R$ 335,8 bilhões e encerrou
com R$ 337,4 bilhões. Desde então, a máquina pública federal atravessa fase
inédita de enxugamento.
Título e Texto: Edilson
Salgueiro, revista Oeste, 19-7-2021, 7h20
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