Guilherme Fiuza
O governador do Rio Grande do
Sul foi um dos líderes dos trancamentos por suposta segurança sanitária. Saiu
fechando tudo, assim como seu colega e correligionário de São Paulo – ambos se
apresentando como presidenciáveis, ambos dizendo seguir a ciência contra um
presidente negacionista, ou seja, ambos fazendo política. Se essa política
servisse para cacifá-los à Presidência e também para proteger as pessoas da
pandemia, ótimo. Infelizmente, não serviu para nenhuma das duas coisas. Não
serviu para nada. Ou melhor (pior): serviu para piorar a vida das pessoas.
Com quase um ano e meio de
pandemia, o governador do Rio Grande do Sul resolve dar uma entrevista
confessional. Para falar de tudo. Qualquer um teria o direito de esperar que
ele finalmente fosse explicar por que fez os gaúchos passarem a se sentir como
se vivessem na Coreia do Norte. Mas ele não falou disso. Depois de quase um ano
e meio de tirania, o governador revelou que é gay.
Na condição em que está, com a
quantidade de explicações que tem a dar, com a quantidade de contas que tem a
prestar, o governadorzinho de estilo soviético autoriza você, a partir dessa
revelação, a uma série de conjecturas. O que esse personagem quis dizer? Que a
opção sexual dele lhe dá poderes supraconstitucionais? Que ser gay é credencial
para subjugar a população por um ato de vontade?
“Não”, responde você. “Ele só
quis contar que é homossexual”. Ok. Então vamos responder a ele com a mesa
singeleza: companheiro, com quem você dorme é problema seu. Poderia até ser
saudável o compartilhamento da sua experiência se você tivesse algum exemplo
para dar no terreno da liberdade – mas você não tem nenhum. Você é um ditador
que não saiu do armário – e quer posar de humano. Não cola. Saia do armário
primeiro. Assuma o seu autoritarismo covarde, fantasiado de empatia. Depois
disso pode ser até que valha a pena conversar com você – mas autoritário não é
chegado a conversar. É chegado a prender.
Onde estão os laudos comprovando a eficácia das suas medidas extremas que prenderam a população e lhe roubaram direitos básicos de cidadania? Onde está a comprovação das suas ações brutais que chegaram ao nível fascista de lacrar gôndolas de supermercado com o pretexto de diminuir o contágio? Onde estão os estudos anteriores e posteriores a essa barbaridade atestando seu resultado no controle ou mitigação da pandemia? Companheiro: você tem OBRIGAÇÃO de demonstrar cientificamente isso, porque se a sociedade não desistiu para sempre do estado de direito, você vai ter que responder pelo que fez.
Uma dica sobre algo que você
já sabe: você nunca vai demonstrar tecnicamente a eficácia do seu surto
trancador. Porque não há no Rio Grande do Sul, nem na América do Sul, nem no
Hemisfério Sul, nem no Hemisfério Norte, nem no mundo inteiro estudo algum comprovando
que bloquear alas de supermercados – enquanto o transporte público, por
exemplo, continuou levando as pessoas de lá para cá em ambientes fechados e
frequentemente aglomerados – tem alguma serventia para bloqueio ou redução de
contágio.
Ao contrário. Há estudos e
ensaios (ver John Ioannidis, Michael Levitt e outros pesquisadores laureados)
mostrando que as áreas com lockdown mais severo não alcançaram vantagem sobre
as que não restringiram tanto em termos de enfrentamento à pandemia. Não vale
fazer como o seu correligionário de São Paulo, que botou o Instituto Butantã
para soltar panfletos com número exato de vidas supostamente salvas por esse
trancamento burro e grosseiro. O nome disso é fraude.
Governador, pode falar à
vontade sobre a sua vida sexual aos que se interessarem por ela, que isso não o
redimirá da sua fraude. Você não tem ciência nenhuma. Você tem um slogan. E ele
não salvou ninguém. Mas os prejudicados pelo seu espetáculo prepotente,
destrutivo e mórbido são seus credores. Não adianta se esconder em propaganda
politicamente correta que não ajuda minoria alguma. A sua única chance é a
liberdade, contra a qual você atentou, morrer de vez. Do contrário, você terá
de pagar pelo que fez.
Título e Texto: Guilherme
Fiuza, Gazeta do Povo, 3-7-2021, 16h09
SER OU NÃO SER, OU AINDA SER O NÃO SER EIS O DILEMA.
ResponderExcluirDurante 30 anos a GLOBO tratou gaúchos com gays palhaços.
Nada contra os que usam o esgoto com órgão sexual, caum caum.
São seres híbridos.
Há um peixe chamado PALHAÇO, nascem todos machos, mas como se reproduzem?
Durantes suas vidas adultas eles transformam-se em fêmeas.
Assim o é na vida humana, mas na vida dos peixes-palhaços os machos não põem ovas, e na vida humana alguns machos sonham com transplantes de úteros.
Eu sinto uma vergonha incomensurável desse governador.
Triste é viver vendo isso.
Mas não basta, pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo
Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam SUAS ENTRANHAS
De modelo AO QUE SE ENTERRA.
FUI...