Fui a um restaurante com uma amiga. A empregada chega para nos atender e cumprimenta-nos com um sorriso:
- "Olá Amigues!"
- "Amigues?",
interrogo, também com um sorriso.
- "Isso mesmo, somos um
restaurante inclusivo!", respondeu ela, com orgulho.
- "Olha que bom! Isso é
ótimo porque daqui pouco tempo chegará um amigo que é cego. Você tem a carta em
Braille?"
- "Não, não temos isso.”
- "Ok, mas também espero
uma amiga, que virá com a afilhada, que é autista. Menu com pictogramas,
otimizado para pessoas autistas, vocês têm?”
- "Não,
desculpe...", ela disse visivelmente nervosa.
- "Não tem problema, isso
geralmente acontece. Imagino que a linguagem de sinais para clientes surdos
você deve saber certo?"
Ela não estava mais confortável,
tímida de vergonha, um pouco de culpa e um pouco de desconforto também.
- "Não se preocupe, isso
geralmente acontece. Mas então lamento dizer que vocês não são um lugar
inclusivo, vocês querem estar na moda. Aqui, essas pessoas não conseguiriam
comunicar ou pedir para comer ou beber."
Se quer ser inclusivo, inclua
todos.
Todos aqueles a quem o sistema
não dá oportunidade. É difícil sim, e muito, mas não devemos achar que um E, um
X, ou @ no final faz de você inclusivo.
.
Li, copiei, adaptei o
português e colei.
Imagem e Texto: MAL – Movimento Armilar Lusitano, 9 de julho de 2021
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