A Marinha atribuiu o acidente à corrosão
das amarras do navio e aos fortes ventos, que as rompeu e jogou a embarcação
contra a Ponte Rio-Niterói
Patricia Lima
A Marinha do Brasil informou, por meio de nota emitida no início da noite desta segunda-feira (14), que abrirá um inquérito para apurar as causas do acidente envolvendo o graneleiro São Luiz, que se chocou contra a Ponte Rio-Niterói. Segundo a Marinha, o navio, que estava fundeado na Baía da Guanabara, desde fevereiro de 2016, era objeto de processo judicial. Apesar de estar desativado, a embarcação não oferecia riscos à navegação, de acordo com a autoridade marítima.
“A destinação da embarcação São Luiz é objeto de processo judicial. Enquanto aguarda a decisão judicial, a embarcação permanecia fundeada em local predefinido pela Autoridade Marítima, na Baía da Guanabara, desde fevereiro de 2016, sem oferecer riscos à navegação”, declarou a Marinha, adiantando que “um Inquérito sobre Acidentes e Fatos de Navegação (IAFN) será instaurado para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente.”
De acordo com informações das equipes de perícia, o acidente teria ocorrido por causa da corrosão das amarras pela ação do tempo. A Marinha atribuiu ainda aos fortes ventos, o rompimento das amarras do graneleiro. O São Luiz estava ancorado na Baía Guanabara há seis anos.
Rapaz... momento que um navio bate na ponte Rio Niterói. A ponte foi interditada nos dois sentidos. pic.twitter.com/w1Z3cYOZky
— Lázaro Rosa 🇧🇷🚩 (@lazarorosa25) November 14, 2022
Na hora do acidente, a Zona
Norte do Rio de Janeiro estava sob forte ventania e pancadas de chuvas. Às
18h10, os aeroportos do Galeão e Santos Dummont registraram rajadas de vento de
57,4 km/h, e 53,7km, respectivamente.
Construído no Brasil, em 1994,
o graneleiro São Luiz está fora de operação desde o início de abril de 2016,
quando realizou a sua última viagem, de Porto Alegre rumo à capital fluminense.
Desde então, o navio teria permanecido fundeado na Baía de Guanabara, na área
do Caju, sem gerar transtornos.
Até 2018, o graneleiro de
bandeira brasileira contava com tripulação a bordo, depois disso, as
informações ao seu respeito são incertas. Com 200 metros de extensão e 30
metros de largura, o São Luiz tem capacidade de carga de 42.815 toneladas e
tornou-se um navio fantasma, sendo incluído em alvo de causas judiciais. A
falta de manutenção gerou grande desgaste no casco, consumido por ferrugem, e
com presença de limo e mexilhões.
As informações são do jornal
O Dia.
Título e Texto: Patricia
Lima, Diário do Rio, 15-11-2022
Navio à deriva bate e Ponte Rio-Niterói é fechada nos 2 sentidos
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