João-Afonso Machado
Consta esta tarde que virá a público uma nova medida governamental aprovada em Conselho de Ministros. Qual seja ela, uma nova prestação extraordinária de 240 euros destinada às famílias mais «vulneráveis». Cerca de um milhão delas...
Ignoram-se os parâmetros da seleção.
E não se põe em causa que, para imensos, 240 euros acrescidos sejam uma dádiva
indesprezível. Mas é também um marco a reter no barómetro eleitoral. Vale
dizer, o nosso Costa descobriu algo mais a mantê-lo no poleiro.
Desde logo porque as Finanças
Públicas tratarão, o mais sutilmente possível, de se reequilibrarem face a tal
baixa. Decerto onerando o setor empresarial. Mas veremos como, sabido que é
Costa dá com uma mão o que tira com a outra.
E depois a superficialidade da
medida. Literalmente a sua superficialidade, num momento em que o País -
mormente o País mais pobre - se afoga em águas pluviais.
Assim os 240 euros - surpresa natalícia - consolem quem tão mal vive. Mas a realidade persiste, de esmola em esmola até à fatal ausência de reformas estruturais.
Ou seja, até à próxima esmola.
E a social-democracia em nada corresponde a esta política do PS de olhos postos
apenas em hoje.
Título e Texto: João-Afonso
Machado, Corta-fitas,
14-12-2022
Afinal, quem vai receber apoio extraordinário de 240 euros anunciado pelo Governo?
Logo logo, o presidente viajante falante aparecerá em TODOS os canais de TV, em TODOS os jornais, em TODAS as revistas, em TODAS as sacristias louvando excelente medida, ÚNICA no planeta!
ResponderExcluir