O enorme espaço no imponente edifício vai ser ocupado pelo magazine popular Casas da Mamãe, com várias lojas em São Paulo e no interior paulista
Quintino Gomes Freire
Uma das jóias da coroa do chamado Centro Financeiro do Rio de Janeiro é o antigo edifício-sede da Caixa Econômica Federal, o Ed. Almirante Barroso, localizado bem na esquina da rua do mesmo nome – que vira República do Chile mais adiante – com a Avenida Rio Branco. Apelidado de ‘Barrosão’, ele é arranha-céu de 22 andares, projetado pelos renomados arquitetos Paulo C. Mourão e J.A. Tiedemann e Ney F. Gonçalves e foi inaugurado há 53. É famoso pelo portentoso e imenso mural de 250 m² do artista Bandeira de Mello e, e também pela sua frente tomada de mendigos e pedintes há cerca de 6 anos. O edifício inteiro foi vendido, anos atrás, pela CEF ao FAMB11B, um fundo imobiliário gerido pelo BTG Pactual, e está com seus mais de 50.000m2 vazios desde que o banco público se mudou de lá.
Sua loja, com mais de 3.700 metros quadrados, é uma das maiores de todo o Centro, perdendo apenas para a Leader (antiga Casa Sloper) na Uruguaiana e para as Americanas da rua do Passeio (antiga Mesbla). Após muitos anos tentando realizar alguma locação no prédio, os mais de 2800 cotistas do fundo finalmente podem comemorar. A portentosa loja construída com os melhores materiais que existiam na época finalmente terá um inquilino: o magazine Casas da Mamãe, que pertence a um grupo de chineses e é bastante conhecido no interior paulista. A locação do imenso espaço foi fechada em novembro pelo prazo de pelo menos 10 anos, renováveis.
Para Wilton Alves, diretor da Sergio Castro Imóveis, a ocupação vem em boa hora para a região Central, que começa a receber novos inquilinos após anos de estagnação: “A vinda da Casas da Mamãe, como foi com a Vivian Festas, é um sinal de que alguns dos maiores comerciantes do país percebem o renascimento da região Central e todo o seu potencial, com facilidade de transporte, e construções versáteis como é o caso do antigo lojão da CEF“. Wilton comentou que outras empresas têm fechado negócios na região, e exemplificou a nova franquia da Cheirin Bão, que vai se instalar na rua da Assembléia 40, e o novo restaurante que acaba de alugar o lindo sobrado da rua do Ouvidor número 12, ao lado do tradicional Rio Minho.
Na última semana, já foram
notadas movimentações no grande lojão, inclusive com a presença de alguns dos
proprietários, chineses. A Casas da Mamãe vende materiais de armarinho,
papelaria, presentes, bijuterias e brinquedos, está presente em diversos locais
do interior paulista, como São Mateus, Vila Bocaina e Mauá, onde é conhecida
por preços baixos e competitividade. Suas lojas têm um jeitão de comércio
popular (fotos no final da matéria), tipo o que existe e é praticado pelo
comércio no Saara, e devem trazer um grande movimento para a esquina, que é uma
das mais importantes da cidade. A
empresa está anunciando em busca de funcionários no portal Infojobs,
oferecendo salários de R$ 1.300 a R$ 3.500 reais, para cargos como atendimento,
caixa e gerência, até a publicação desta matéria.
O DIÁRIO averiguou
que praticamente toda a lateral da loja pela Almirante Barroso será
transformada em entrada da loja, o que deverá dar o que se chama hoje de
“fachada viva” ao Barrosão. Viva o Centro!
Título e Texto: Quintino
Gomes Freire, Diário do Rio, 7-12-2022
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-