sexta-feira, 8 de março de 2024

Crime organizado: Porque é que a indústria da censura não pode deixar cair a imprensa corporativa

Paulo Hasse Paixão

Os recentes despedimentos nos meios de comunicação social tradicionais americanos, em particular a purga de mais de 100 propagandistas no Los Angeles Times, bem como a queda de audiências nos principais sites de notícias corporativos, levaram a um debate público sobre o futuro do dito “jornalismo”.

Comissários políticos numa parada militar germano-soviética na Polónia ocupada . Setembro de 1939

A comunicação social estabelecida aproveitou o pânico para renovar os apelos para que o Congresso desenterre um projecto-lei chumbado pela Câmara dos Representantes que visava salvar a indústria, e que é totalmente apoiado pelo aparelho da censura: o Journalism Competition and Preservation Act (JCPA).

À semelhança do OnlineNews Act no Canadá e do News Media Bargaining Code na Austrália, o JCPA abriria um funil estatal de receitas publicitárias para os maiores conglomerados de media do país, deixando a imprensa ainda mais, se possível, dependente da boa vontade das elites políticas em Washington e dos tecnocratas em Silicon Valley.

O JCPA projecta a criação de um cartel dos meios de comunicação social, que pode negociar colecivamente os pagamentos das tecnológicas californianas. Estas últimas nem teriam escolha na matéria: o projecto-lei permite que os acordos lhes sejam impostos através de arbitragem. Tal como os pacotes legislativos canadiano e australiano, o JCPA cria um fluxo de rendimento praticamente garantido para as empresas de comunicação social, independentemente da qualidade e fiabilidade e independência e decência do “jornalismo” que produzem.

É bestial.

(…)

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