Eudora Ribeiro
Perto de dois terços dos
alemães opõem-se a que se dê mais tempo aos países sob ‘bailout’ para cumprir
as metas do défice.
De acordo com uma sondagem
divulgada hoje, quase 66% dos alemães
não concorda que se dê mais tempo a Portugal, Grécia e Espanha para cumprir
as metas acordadas com a troika.
Recorde-se que a Grécia pediu
mais dois anos para implementar as medidas e reformas para baixar o défice,
justificando com uma recessão mais acentuada que o esperado no país, pedido que
a Alemanha rejeitou. Já Espanha conseguiu, esta semana, a permissão dos
ministros das finanças da zona euro para ter um ano adicional para cumprir as metas
do défice, em troca de mais cortes orçamentais. No que respeita a Portugal,
ainda não pediu mais tempo, mas esta hipótese tem sido largamente discutida no
palco político nacional, sobretudo após o chumbo do Tribunal Constitucional ao
corte nos subsídios aos trabalhadores e pensionistas da Função Pública, uma vez
que o governo tem agora de encontrar medidas alternativas para compensar o
encaixe de dois mil milhões de euros que iriam resultar deste corte.
A poll da ZDF-Politbarometer,
citada pela Reuters, também mostra que 63%
dos alemães apoia a forma como a chanceler Angela Merkel tem gerido a crise de
dívida, acima dos 60% registados em Maio, apesar de a maioria dos
inquiridos também considerar que Merkel tem de explicar melhor as suas
políticas.
Mais de metade dos alemães também não concorda com a mutualização da
dívida na zona euro, o mesmo é dizer que os alemães estão alinhados com a
chanceler na recusa da emissão de eurobonds, uma estratégia que tem sido
defendida por vários líderes e especialistas como a única forma de travar a
crise de dívida do euro.
A mesma sondagem mostra que o partido conservador de Merkel continua a
ser o mais popular na Alemanha, com um apoio de 36% dos sondados, dois pontos
percentuais acima da última poll, de Maio.
Esta sondagem foi realizada
com base na entrevista a 1.255 alemães entre os dias 10 e 12 de Julho.
Título e Texto: Eudora Ribeiro, Diário Económico, 13-7-2012
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