terça-feira, 10 de julho de 2012

Contradições


Carlos Guimarães Pinto
Eles defendem um estado forte. O estado deve ter presença em metade das indústrias e regular a outra metade. O estado deve ser prestador de serviços de defesa, segurança, saúde, educação, energia, comboios, autocarros, telecomunicações, correios, televisão, portos, serviços financeiros, aeroportos, companhias aéreas, universidades, auto-estradas, energias renováveis, computadores… O estado deve regular os preços que as companhias de distribuição pagam aos seus fornecedores, o preço da gasolina, as licenças de táxi, o tamanho da laranja dos agricultores e a puta da tampa que os restaurantes têm que colocar no azeite servido aos clientes. Eles querem que todas as empresas dependam do estado de uma forma ou de outra. Eles defendem um estado omnipotente que controla cada aspecto da vida dos cidadãos. Eles defendem que todo esse poder nas mãos de uma dúzia de ministros é legítimo apenas porque é obtido de forma democrática.
Eles servem doces de bandeja a crianças e depois mostram-se chocados que elas os comam. Uma valente hipocrisia, é o que é.
Título e Texto: Carlos Guimarães Pinto, O Insurgente, 10-7-2012

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