sexta-feira, 20 de julho de 2012

Os "mortos-vivos"

Alberto de Freitas

As grandes manifestações em Espanha, fazem lembrar os filmes de terror série “B”, em que os mortos vagueiam na tentativa de “comer” os vivos.
Ou ao estilo de comédia: “estão mortos mas ninguém lhes disse”.
Há anos que, encapotadamente e alegremente, consomem acima do que produzem, recorrendo a poupanças de terceiros que passaram a ter dúvidas da possibilidade de reaverem o capital emprestado.
E o protesto não é do credor, mas do devedor… quer mais, do mesmo. Culminando com a exigência das centrais sindicais “CCOO” e UGT, defenderam que o Governo deve convocar um referendo sobre as medidas de austeridade.
O credor poderá ter a obrigação – caso o referendo assim o indique – de continuar a emprestar ao devedor, algo ao nível do melhor dos Monty Python.
Claro que a realidade irá impor-se e se a Espanha não conseguir financiamento a custos comportáveis, os espanhóis de referendo em referendo, de indignação em indignação, serão cada vez mais pobres; ou no bom estilo “Lusófona”: ricos-faz-de-conta.
Como era de esperar, por cá, muitos apontam o exemplo espanhol, como a esperança do futuro que lastimam não haver: também devíamos “partir” qualquer coisinha, até que conseguíssemos o acesso à “mama” que julgam nossa por direito.
Mas a “rua” é a hipótese que resta a quem perde nas urnas.
Título e Texto: Alberto de Freitas, 20-7-2012
Edição: JP

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