domingo, 20 de outubro de 2019

[As danações de Carina] Seja o eterno Girassol da sua vida. O Sol agradece

Carina Bratt

Se você, minha cara amiga, está perdida no meio do deserto da sua existência, sem um horizonte lindo e majestoso se descortinando à frente sem um objetivo a ser alcançado... Se você não sabe, realmente, para onde ir, ou pior, para onde seguir, acredite, de fato, no seu agora. PARE. Estanque os anseios. Olhe para todos os lados. Pense friamente.

Não existe uma mágica pronta. Nenhuma senda em linha reta, que consiga determinar seus intentos. Você está quase perdida, não totalmente num beco estranho, mas quase às raias de cometer uma loucura impensada. Medite. Refaça seus planos.  Quase é um meio termo entre o desespero e a insanidade. Se ponha na pele de Henry Beecher.

Henry deixou num de seus livros, ou mais precisamente no “Olhos e ouvidos”, uma frase simples e corriqueira, todavia interessante e deve ser lida e lembrada sempre nesses momentos em que vemos tudo escuro, sem uma luz no fim do túnel. “Não é à saída do porto e sim à chegada que determina o sucesso de sua viagem”.

Nesse pé de rasteirinhas e sandálias incertas, de botas e sapatos de saltos altos, se as suas andanças de um lado para outro, a bel prazer das suas quimeras malucas não tiveram um rumo específico, um paradeiro distinto, um fim-meta, adequado, ou um alvo-fim apropriado, REGRESSE. Dê meia volta. Melhor cair na real e ficar quieta, trancada dentro de casa, de preferência debaixo da cama.

Pelo menos evita acidentes de percursos duvidosos. Aja como aquele doido varrido que de dentro do seu cubículo num hospício no meio do sei lá aonde, todas as manhãs se postava a olhar o sol da janela e então, atirava, a esmo, um aviãozinho feito de folha de caderno. Mesmo errando o alvo ele ficava coitado não a sentir somente o calor infernal em seus costados.


Prostrava a carcaça neurastênica num canto ladeado por uma centena de pontinhos vermelhos como se tivesse assistindo ao Titanic com Leonardo Di Caprio e Billy Zane não para ver quem ganharia a disputa e levaria a fogosa e tentadora Kate Winslet para a cama antes de gigantesco navio afundar, ao contrário quem “paparia” o capitão Bernard Hill da suntuosa embarcação lhe dando a primeira dentada no periscópio.

Se o seu objetivo ímpar é escalar a montanha, chegar ao topo, ao cimo, e olhar em derredor, ver o mundo lá do alto, repensar seus passos, reconsiderar suas ações, rever prós e contras, ponderar o que fará a seguir para não voltar a tropeçar nos erros e dissabores de outrora, sopese a moda Kell Smith, quando ela assegura que “cada um tem a vista da montanha que escalar, por isso todo dia eu me preocupo (ela realmente se preocupa) em fazer a coisa certa”.

É assim que funciona, cara amiga. Faça a coisa certa. Trace seus objetivos antes de colocá-los em ação. Você deve, antes do primeiro passo, ter em mente que nunca abraçará, ou jamais acastelará um marco ou um advento maior do que aquele a que você mesma se propôs para si. Sugiro cara amiga pensar e se ver. Se pegar e se sentir GRANDE.

Pensar positivamente, pensar com vontade de vencer, de não fraquejar, de não se sentir acuada no meio do nada, com tudo bem ali à sua frente. Estabelecer disciplinas é sempre viável, como ensinava Doug Larson, observando, sobretudo, que você revive a cada passo dado, um momento único “e não se priva de desvios interessantes”.

Os desvios, as mudanças de direções, os descaminhos, as sinuosidades é que fazem as diferenças e colocam nossas emoções num degrau acima da longa escada que pretendemos subir. Atrele seus almejos e aspirações, suas ambições e cobiças as asas de um avião. De preferência a um 737-800. E voe sem amarras, sem medos e receios.

Construa um muro (tipo o de Berlin) em torno de um quintal imaginário e dentro desse quintal, coloque cimento, areia, lajotas, telhas... Enfim, o necessário para se edificar uma casa bonita, espaçosa, à morada dos seus caprichos e empenhos. Entretanto, atenção minha amiga. Não sonhe, não sonhe jamais, com ela pronta.

Sonhar aqui no sentido de não realizando. Porém, acreditando que um dia (um dia) veremos o sonho pronto, concluso, destravado, formalizado.  O sonho perfeito, auspicioso, do tamanho ideal do nosso desejo. Esse é o mais belo prato feito para saciar, para aplacar, para acalmar, mormente apaziguar nosso GULOSO APETITE.
Título e Texto: Carina Bratt, da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. 20-10-2019

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